Emissão Renascença | Ouvir Online
Graça Franco n´As Três da Manhã
Terças e quintas-feiras, às 9h20, n'As Três da Manhã
A+ / A-
Arquivo
Orçamento do Estado. “Pode saltar um ‘coelho’ de alguma bancada”

Graça Franco

Orçamento do Estado. “Pode saltar um ‘coelho’ de alguma bancada”

26 out, 2021 • Olímpia Mairos


Apesar de Bloco de Esquerda e PCP terem anunciado o chumbo da proposta do Governo, Graça Franco entende que o documento pode vir a ser aprovado.

A comentadora d’As Três da Manhã acredita que o Orçamento do Estado vai passar na Assembleia da República.

A aprovação pode acontecer “à vigésima quinta hora”, diz Graça Franco, argumentando que “há sempre uns pequenos jogos que passam por um ou dois desalinhados, umas ‘abstençõezinhas’”.

Para a aprovação do documento faltam quatro votos e a comentadora entende que, para alcançar “esses quatro votos, basta que haja dois de um partido que faltam, outros noutro lado; portanto, há sempre umas composições que se podem fazer à última da hora”.

“Pode saltar um ‘coelho’ de alguma bancada, basta abster-se um ‘coelho’ aqui e um ‘coelho’ ali e a coisa pode dar para passar na generalidade”, exemplifica.

Apesar de o partido comunista ter anunciado o voto contra o orçamento, Graça Franco entende que a estratégia do partido não é suicida, porque “o PCP tem uma lógica muito própria, a lógica de mostrar que é movido por interesses que não são os típicos interesses partidários e essa logica vem-se mantendo ao longo dos anos, com bastante coerência”.

Com o voto contra o orçamento, o PCP “ganha uma coisa extraordinária, ou seja, o PS veio reconhecer que, afinal, aquelas coisas boas para as pessoas, que não entrarão em vigor no dia 1, formam conseguidas com a negociação do PC”, afirma.

Já em relação à posição do primeiro-ministro, que fez saber que não tenciona demitir-se, se o Presidente dissolver a Assembleia da República, Graça Franco diz fazer sentido, “porque dois terços do orçamento eram devidos aos fundos estruturais”.

“Para que estes fundos se apliquem, não é precisa uma contrapartida nacional imediata, não é preciso que haja um orçamento, mas é necessário alguém que assine os papeis e manter o Governo minimamente em funções, sem criar uma crise adicional à crise.”

Por isso, Graça Franco entende que “seria uma falta de sentido de Estado, uma demissão em cima de uma crise política. Por outro lado, os duodécimos estão engordados pela crise da Covid”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Bruno
    27 out, 2021 aqui 08:46
    Graça Franco também dizia que Carlos Moedas podia vencer em Lisboa quando todas as sondagens e opinadores politicos apontavam noutra direcção e a realidade veio provar que tinha razão. Portanto, se Graça Franco acha que o orçamento passa, então provavelmente vai passar..Mas uma coisa é certa: a geringonça ficou desfeita em cacos e creio que dificilmente o governo terá robustez para se aguentar até ao fim da legislatura.
  • Cidadao
    26 out, 2021 Lisboa 13:31
    Penso o mesmo e só acredito que caia, quando vir. A queda do OE2022 e as Eleições antecipadas, só convêm mesmo ao Chega! e à IL. Sobretudo ao Chega!, que se repetir uma votação de 500 000 votos, que já teve, pode vir a eleger 22 deputados e ser a 3.ª Força política no Parlamento, o que não agradará ao Presidente, nem à Direita Moderada, e sobretudo, não agradará nada, mas mesmo nada, à Esquerda.