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Geração Z
Nasceram na era das tecnologias de informação, são mais práticos e mobilizam-se por causas. Até dispensam o carro e a casa, também porque não têm grandes salários para pagá-los, mas arriscam ter o seu próprio negócio. Como podemos ajudá-los? Quais os medos que enfrentam? Que tal começarmos por ouvi-los? "Geração Z" é um podcast quinzenal, publicado à quarta-feira, às 18h, da autoria do jornalista Alexandre Abrantes Neves. Esta é uma parceria Renascença/Euranet Plus.
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Geração Z. Catarina engordou 15 quilos na pandemia e mostra a celulite

Catarina engordou 15 quilos na pandemia e filma a celulite para quebrar preconceitos

01 mar, 2023 • Beatriz Lopes


No Geração Z desta semana falamos sobre a relação dos jovens com o corpo nas redes sociais. Será que eles ainda procuram a selfie perfeita? Os likes nas publicações trazem um poderoso sentimento de realização e aceitação por parte do outro? Os novos influencers que procuram quebrar padrões de beleza podem ajudar a mudar mentalidades? Ou seguir corpos atléticos não é assim tão errado?

Na pandemia engordou 15 quilos. Diz que nunca se sentiu "magra", mas alerta que até as pessoas que acordam em modo 'tô podendo' têm os seus momentos de insegurança. Catarina Rochinha, ativista digital e criadora de conteúdos, filma ao pormenor as estrias e a celulite com um único propósito: lembrar que todos os corpos são bonitos independentemente do tamanho ou forma.

Durante o confinamento pensou: "Por que razão não fazer a diferença no fim do dia na vida de alguém e puxar esta quase 'visão míope' que existe e tentar aumentar um bocadinho o espectro daquilo que é a beleza?". Hoje conta com mais de 38 mil seguidores no Instagram e admite que tem uma tarefa dificultada perante uma sociedade que diz ainda julgar por género.

"Um homem com cabelos brancos é um grisalho charmoso. Um homem com excesso de peso tem um 'dad bod'. E quem não gosta de um 'dad bod'? Uma mulher, não. Uma mulher é desleixada, não pinta o cabelo, não se cuida", sublinha.

No Geração Z desta semana falamos sobre a relação dos jovens com o corpo nas redes sociais. Será que eles ainda procuram a selfie perfeita? Os “likes” nas publicações trazem um poderoso sentimento de realização e aceitação por parte do outro? Os novos “influencers” que procuram quebrar padrões de beleza podem ajudar a mudar mentalidades? Ou seguir corpos atléticos não é assim tão errado?

Catarina Rochinha acredita que a Geração Z veio quebrar muitos destes padrões de beleza "que se calhar eram mais comuns nos Millennials". "O Tik-Tok é o exemplo nato de que o que se quer é conteúdo cru, conteúdo que não leva a qualquer tipo de curadoria, em que é uma coisa mais natural, mais presente e mais perto da realidade. Enquanto o Instagram nasce numa era em que tudo tinha que ser perfeito."

"Seria uma utopia dizermos que a imagem não vende", reconhece. Mas também aqui as indústrias deviam ter mais responsabilidade, "especialmente aquelas que têm bastante visibilidade para que a equidade seja algo real".

Aos jovens, deixa um conselho: "Falem convosco como se fossem um amigo vosso. Porque nós nunca julgaríamos um verdadeiro amigo ou alguém que gostamos porque ele engordou mais 100 quilos ou porque ele deixou duas cadeiras para trás na faculdade. Isso não faz dele um falhado."

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