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Geração Z
Nasceram na era das tecnologias de informação, são mais práticos e mobilizam-se por causas. Até dispensam o carro e a casa, também porque não têm grandes salários para pagá-los, mas arriscam ter o seu próprio negócio. Como podemos ajudá-los? Quais os medos que enfrentam? Que tal começarmos por ouvi-los? "Geração Z" é um podcast quinzenal, publicado à quarta-feira, às 18h, da autoria do jornalista Alexandre Abrantes Neves. Esta é uma parceria Renascença/Euranet Plus.
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Geração e a guerra. "Como pode uma única pessoa mexer com a vida de tanta gente?"

​Geração Z e a guerra. “Como pode uma única pessoa mexer com a vida de tanta gente?”

09 mar, 2022 • Beatriz Lopes , João Campelo (sonorização)


A geração que viu a liberdade ser suspensa à conta da pandemia volta a senti-la em ameaça com a guerra na Ucrânia. Todos os dedos apontam um culpado: Vladimir Putin. E todos têm planos para travá-lo. Fomos ouvir a opinião da Geração Z portuguesa sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia. E saber como se deve apoiar a juventude ucraniana que procura refúgio em Portugal.

A pandemia roubou-lhes dois anos de liberdade, mas aos olhos dos mais jovens, em duas semanas, Vladimir Putin, “uma pessoa que sempre subestimámos”, já roubou ao mundo muito mais: a dignidade humana, a democracia e a tolerância – valores europeus pelos quais os mais jovens se dizem reger e que tentam agora, “a todo o custo”, recuperar.

Enquanto Kiev adormece e acorda ao som de sirenes, por cá, as gerações mais novas querem pelo menos "despertar o mundo" da indiferença. Uns, saem às ruas para se opor “aos regimes totalitários” e para que “outros países ponham pressão na Rússia”. Outros, como o jovem professor Miguel Serra, fazem-se à estrada já nesta sexta-feira rumo à Polónia “para dar o corpo ao manifesto” com a missão de trazer para Portugal 100 refugiados.

No segundo episódio do Geração Z, falamos dos medos que estes jovens sentem perante a atual guerra, que surgiu “numa manhã, de repente”, e que os leva a questionar: “Como é que a vida de tanta gente fica neste estado por causa de uma pessoa?

Com a ajuda da socióloga Sandra Mateus, vamos perceber como se pode "tentar normalizar" a vida dos milhares de jovens refugiados que vão chegar agora a outros países, entre eles Portugal. É que, mesmo passada a fronteira, os obstáculos e as barreiras continuam: uma nova língua, um novo bairro, uma nova escola, uma nova rotina que "muitas vezes leva muito tempo até voltar a ser instalada" e que, noutros países, como na Grécia, os deixa "isolados e entregues a si próprios".

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  • Bruno
    13 mar, 2022 Aqui 04:02
    Arranjem outro nome para esta geração porque a letra Z está associada aos apoiantes da invasão da Ucrânia. É irónico ver a geração Z europeia contra uma guerra apoiada na Rússia por aqueles que envergam a letra Z.