23 out, 2024
O título desta coluna é artigo de capa do último número do semanário The Economist. A “inveja do mundo” resulta do excecional crescimento económico dos Estados Unidos nos últimos 30 anos, um crescimento muito superior ao de qualquer outro país desenvolvido.
Em 1990 a economia americana representava cerca de dois quintos do PIB do conjunto dos países do G7; hoje equivale a metade. O produto por cabeça dos EUA é agora 30% superior ao da Europa Ocidental e ao do Canadá; e é 60% maior do que o registado no Japão. O Mississipi é considerado o Estado mais pobre dos EUA; mas os seus residentes ganham mais, em média, do que os britânicos, os canadianos ou os alemães. Comparações deste tipo poderiam multiplicar-se.
Mas as desigualdades económicas têm vindo a acentuar-se nos EUA, que é agora o país desenvolvido do mundo mais desigual. O Economist interroga-se: será a tolerância face às desigualdades um fator do espetacular crescimento económico americano? Mas o semanário não dá uma resposta conclusiva a essa pergunta.
Os habitantes nos EUA não parecem entusiasmados com o vigor do crescimento económico do seu país nem com as políticas económicas do Presidente Joe Biden. Por isso não se pode prever quem vencerá as eleições de 5 de Novembro.
Nessas eleições o essencial será saber se a ameaça à democracia pluralista que Trump representa irá, ou não, regressar à Casa Branca.