Siga-nos no Whatsapp
Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
A+ / A-

​A médio prazo a economia abranda

16 out, 2024 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


As previsões governamentais apontam para taxas de crescimento do PIB português, a médio prazo, abaixo de 2%. Entretanto, o PS não permite aliviar a sério a excessiva carga fiscal das empresas.

Os mais recentes números sobre a evolução da economia portuguesa constam de um documento do Governo destinado à Comissão Europeia, com o nome de Plano Orçamental-Estrutural de Médio Prazo. As expectativas do Governo não são famosas.

Se ali se prevê uma pequena subida no crescimento do PIB, de 1,8% no corrente ano para 2,1% em 2025 e depois 2,2% em 2026, nos anos seguintes, 2027 e 2028, a previsão é inferior a 2%. Os números são 1,7% para 2027 e 1,8% para 2028.

Acresce que, perante estas previsões, o Conselho de Finanças Públicas considera provável que, com o fim da execução do Plano de Recuperação e Resiliência, se assista a uma quebra no investimento, levando a economia a abrandar ainda mais.

Porque estará o Governo pessimista quanto à capacidade de crescimento económico do país a médio prazo? Um pessimismo que envolve a própria capacidade governamental de estimular o crescimento da economia.

Talvez a redução, no ano corrente, de apenas 1% no imposto sobre o rendimento das empresas (IRC) tenha contribuído para as perspetivas pouco entusiasmantes do Governo quanto à evolução da economia a médio prazo.

Em Portugal a carga fiscal sobre as empresas é a mais elevada da União Europeia. Mas não se vê da parte do Partido Socialista qualquer disposição para deixar aliviar a sério essa carga excessiva. Com Pedro Nuno Santos o PS deslocou-se mais para a esquerda, aproximando-se do anti-capitalismo do Bloco de Esquerda. A economia sofre.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João A. Lopes
    16 out, 2024 Porto 14:01
    Excelente comentário.