13 set, 2024
Kamala Harris venceu o debate com Trump, foi a conclusão de praticamente todos os observadores. No entanto, logo após o debate Trump veio proclamar que ele tinha vencido por muito pontos. É típico de um mentiroso compulsivo.
Trump continua a afirmar que ganhou a eleição presidencial de 2020, não obstante a vitória de Joe Biden ter sido confirmada por numerosas entidades, desde logo por tribunais. O que levanta a questão: como pode um político que se diz democrático só aceitar resultados eleitorais que lhe atribuam a vitória? É óbvio que uma democracia assim não é democracia.
É por isso que Dick Cheney, antigo vice-presidente dos EUA, quando George W. Bush era presidente, declarou publicamente que vai votar em Kamala Harris. Afirmou Dick Cheney que “nos 248 anos da História da nossa nação nunca houve um indivíduo que tenha sido uma ameaça tão grande para a nossa república como Donald Trump”.
Dick Cheney é um político de direita, que apoiou Trump em 2016 na eleição para a Casa Branca. Mas o que se passou desde então com Trump tornou-se intolerável para Cheney. O mesmo se passou com a sua filha Liz Cheney, antiga congressista republicana, que também anunciou o seu voto em Kamala.
Aliás, a lista de políticos republicanos que anunciaram ir votar em Kamala já conta com cerca de 250 nomes, que incluem antigos funcionários dos governos de Trump, George Bush e George W. Bush. Mostram estar conscientes do perigo que representa Trump para a democracia americana.
Voltando ao debate de terça-feira passada, é de saudar a atitude risonha e descontraída de Kamala Harris, contrastando com o cenho carregado do seu adversário. Kamala conseguiu sobretudo não perder a serenidade com as óbvias mentiras e as barbaridades de Trump – por exemplo, afirmar que os imigrantes nos EUA comem animais domésticos, como cães e gatos.