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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​Algumas propostas de Trump

26 jul, 2024 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Apesar de Kamala Harris avançar para a nomeação de candidata presidencial pelo partido democrático, o risco de Trump regressar à Casa Branca não está afastado. Daí a conveniência de conhecer algumas propostas do adversário de Kamala.

Trump escapou a ser morto por uma questão de dois ou três centímetros. Do que resulta, para muitos dos seus fanáticos apoiantes, que ele terá sobrevivido ao tiro graças a uma intervenção divina.

A campanha política de Trump entra, assim, na órbita religiosa. O que é preocupante, pois as guerras religiosas são as mais violentas de todas – quem alegadamente ataca Deus merece as piores violências, dizem.

Num primeiro momento depois do frustrado atentado Trump assumiu publicamente uma atitude que não se lhe conhecia. Mostrou-se como um pacificador, preocupado em unir os norte-americanos.

Mas durou pouco essa fase. Dias depois Trump prometia a maior deportação de imigrantes ilegais na história dos EUA. Num dos seus comícios figurou um profissional (reformado) de luta livre, que rasgou a camisa frente ao público, enquanto chamava “gladiador” a Trump.

E o ex-presidente voltou a insistir na mentira de que, na eleição presidencial de 2020, ele tinha sido o vencedor, mas a vitória lhe fora roubada – depois de inúmeras sentenças judiciais confirmarem o contrário. Trata-se de uma estranha democracia, onde só se acredita na votação quando se ganha; quando se perde, nega-se o resultado eleitoral, acusando-o de fraude.

Fraude é também, para Trump, a transição energética, que ele apelida de “fraude verde”. Ele promete aumentar a extração de petróleo do solo americano, metendo na gaveta a tal “fraude verde”.

Por outro lado, continua Trump a repetir que porá fim à guerra da Ucrânia, só com um telefonema. Daí ter escolhido para candidato a seu vice-presidente um senador (J. D. Vance) que travou quanto pôde os apoios dos EUA à Ucrânia. Os ucranianos serão, tudo indica, as primeiras grandes vítimas de um Trump regressado à Casa Branca.

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