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Greve dos maquinistas. Como é que vai afetar os transportes?

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Greve dos maquinistas. Como é que vai afetar os transportes?

05 dez, 2024 • Fátima Casanova


A greve geral foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), que justificou o protesto com a ausência de clarificação do Governo sobre a relação entre sinistralidade ferroviária e taxa de álcool destes trabalhadores e para exigir condições de segurança adequadas.

Vem aí mais uma greve de maquinistas e, desta vez, é geral. Ou seja, vai ter impacto em várias empresas de transportes como a Carris, CP e o Metro do Porto.

Tanto o Governo como o sindicato dos maquinistas dizem que estão abertos ao diálogo, mas o certo é que esta greve já está a parar comboios. Qual a dimensão do impacto?

Nesta altura, tal como a CP avisou, a greve de maquinistas já está a afetar os comboios. Até ao meio-dia foram suprimidas 91 ligações, com impacto em todos os serviços.

Já o Metro do Porto avisou que esta quinta-feira vai fechar mais cedo. As últimas partidas vão acontecer entre as 22h00 e a meia-noite.

Mas este é só o começo, amanhã o impacto vai ser maior: no Porto, o Metro vai estar interrompido, com exceção para a ligação Senhora da Hora - Estádio do Dragão, que vai ter comboios a circular, mas em número reduzido e apenas durante as horas de ponta.

E quanto aos serviços das outras empresas? Na CP, por exemplo, como vai ser?

A CP avisou que vai haver fortes perturbações na circulação de comboios, que até já se fazem sentir durante esta quinta-feira e que vão prolongar-se até às primeiras horas de sábado.

Para amanhã, o tribunal arbitral decretou serviços mínimos, na ordem dos 25% nos comboios urbanos, regionais e de longo curso.

Estas não são as únicas empresas que vão ser afetadas pela greve dos maquinistas, pois não?

Não, a greve vai abranger também a Fertagus, responsável pela travessia sobre o Tejo na ponte 25 de Abril, o Metro Sul do Tejo, a Infraestruturas de Portugal, responsável pela manutenção das linhas e ainda empresas de transportes ferroviários.

É convocada pelo Sindicato dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro, que diz que esta paralisação é histórica, porque pela primeira vez abrange sete empresas.

E o que motivou esta greve? Ainda tem que ver com as declarações do ministro da presidência?

Sim, as declarações de Leitão Amaro foram o gatilho ao relacionar sinistralidade ferroviária e a taxa de álcool dos maquinistas.

O Sindicato quer que o ministro clarifique essas declarações, feitas a 14 de novembro, e ao mesmo tempo exige ao Governo condições de segurança adequadas ao serviço ferroviário.

Têm estado a decorrer as negociações. Ainda esta semana houve duas reuniões entre as duas partes, mas ficou tudo na mesma?

Depende do ponto de vista: o Governo considera que deu resposta às reivindicações dos maquinistas…em comunicado divulgado esta tarde, o ministério das infraestruturas garante que emitiu um despacho a mandatar as entidades responsáveis a procederem a um conjunto de iniciativas para melhorar a segurança do sistema ferroviário.

Já do lado do sindicato de maquinistas, a leitura é diferente: o presidente do Sindicato diz que o Governo tem um discurso redondo, que não apresentou nada de concreto para alterar as situações refletidas no relatório anual de segurança ferroviária.

Estão de costas voltadas - Governo e Sindicato de Maquinistas - e, por isso, há greve amanhã com impacto em várias empresas de transportes sobre carris, como a CP, Fertagus , Metro do Porto e Metro Sul do Tejo.

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