11 nov, 2024 • Sérgio Costa
Esta segunda-feira arranca mais uma cimeira do Clima onde os diferentes países se reúnem para encontrar formas de combater os efeitos das alterações climáticas.
O Explicador Renascença esclarece o que se pode esperar.
Podemos dizer que é dinheiro. Porquê? Porque esta cimeira tem como um dos principais objetivos chegar a acordo sobre o montante anual que deverá ser canalizado para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar os custos relacionados com as alterações climática.
Daí já ser apelidada de Cimeira do financiamento do clima. Os países mais pobres não têm recursos para garantir a aposta em energias renováveis.
É um dos principias receios. Trump assume posições negacionistas e, na campanha, prometeu retirar pela segunda vez os EUA do Acordo de Paris de 2015 para combater as alterações climáticas.
Os EUA são o principal emissor histórico de gases com efeito de estufa e principal produtor de petróleo e gás natural no mundo.
Não. Desde essa altura, a produção de e a exportação combustíveis fósseis aumentaram a nível mundial.
Foram mesmo aprovadas novas áreas para a produção de petróleo e gás natural em países como Azerbaijão, Namíbia e Guiana e também nos EUA que, como já referimos, é o principal produtor mundial.
Também não. A ideia era criar planos de adaptação aos dias mais quentes, à subida do nível do mar ou terras agrícolas ressequidas, mas quase em permanência temos notícias de populações surpreendidas.
Não há ainda claramente planos nacionais, até porque a adaptação carece de pormenores, como objetivos quantificáveis para medir os progressos ou estratégias para ligar os projetos ao financiamento do clima.
Podemos dizer que sim. Com os países e as empresas pouco determinados a abandonar o carvão, o petróleo e o gás, os negociadores afirmaram que é pouco provável que a COP 29 apresente prazos ou ideias claras para a redução dos combustíveis fósseis.