08 out, 2024 • Sandra Afonso
Há novas regras para a subscrição de certificados de aforro.
O Governo quer incentivar a procura por este instrumento de poupança, numa altura em que, tudo indica, haverá uma descida dos juros.
O Explicador Renascença esclarece.
Desde logo, o montante máximo de subscrição, que passa de 50 mil para 100 mil euros na série F.
No caso de acumulação de certificados das séries E e F, o limite passa de 250 mil para 350 mil euros.
Além disso, o Governo também aprovou o aumento de 10 para 20 anos do prazo de prescrição para reclamar o investimento à morte do aforrador.
Sim, porque o Governo de António Costa tinha estabelecido limites, não apenas aos montantes a investir, mas também às remunerações, numa altura em que os juros estavam em alta.
O diploma publicado esta segunda-feira, em Diário da República, não altera os juros, mas as remunerações dos certificados de aforro já começam a ser mais rentáveis do que as praticadas pelos bancos.
Os números dão a resposta. Os certificados de aforro garantem remunerações mínimas de 2,5% que quase duplicam no final do prazo com prémios de permanência.Podem chegar aos 4,25%.
Já no caso dos depósitos bancários, a tendência é de descida dos juros pagos aos investidores, porque também as taxas diretoras fixadas pelo Banco Central Europeu estão a baixar.
Há bancos que ainda oferecem depósitos com remunerações acima de 2,5%, mas por tempo limitado e, normalmente, associadas a novas contas.
E a remuneração máxima por depósitos bancários não ultrapassa os 3,5%.
Deve dirigir-se aos balcões dos CTT - o método mais tradicional. Ou, em alternativa, subscrever na aplicação AforroNet ou no Banco de Investimento Global.
De acordo com os CTT, as subscrições online estão a aumentar. Entre agosto e setembro, os valores aumentaram quase 60%.
Desde o lançamento do AforroNet, mais de 20 mil clientes associaram as contas à aplicação. E no final do mês passado tinham sido realizadas mais de 68 mil operações.