25 set, 2024 • Sérgio Costa
O rapper e empresário norte-americano Sean "Diddy" Combs, também conhecido como Puff Daddy, foi detido nos últimos dias, num escândalo de abusos sexuais.
O Explicador Renascença resume os dados que já conhecemos até agora.
Sean Combs é acusado de tráfico sexual e promoção da prostituição.
A acusação descreve-o como um predador sexual violento. Alegadamente, "durante décadas", abusou, ameaçou e coagiu sobretudo mulheres, mas não só, para satisfazer desejos sexuais e também para adquirir uma posição dominante sobre personalidades do mundo da música.
De acordo com o que foi inicialmente relatado pelo "The New York Times", sobretudo várias mulheres terão sido drogadas e coagidas a manter relações sexuais com prostitutos, atos que seriam filmados.
As vítimas seriam depois alvo de chantagem e violência para manter o silêncio. Tudo terá acontecido durante décadas, naquilo que é designado como “Freak-offs” - festas na residência do artista, e não só, que seriam uma espécie de "projeto artístico pessoal", segundo descreve a acusação.
Alegadamente, sim e, ainda e acordo com a acusação, as festas podiam durar vários dias.
É descrito que os participantes chegavam a fazer a reposição de fluídos através de injeções devido à exaustão.
A acusação não revela, mas o processo movido pela justiça norte-americana reflete, tudo indica, as alegações de Cassandra Ventura, mais conhecida por Cassie, uma cantora que manteve uma relação de longa data com o músico e que, no ano passado, o acusou de violação.
Conhecido o caso, começaram a surgir associações de vários artistas com Puff Daddy . Artistas como Jennifer Lopez, Beyoncé, Jay Z ou Justin Bieber tiveram uma relação próxima como o rapper e a a imprensa norte-americana não tardou a questionar se estes renomados artistas teriam conhecimento das chamadas "Freak Offs" ou se, até, não teriam sido mesmo vítimas.
Puff Daddy é produtor, um dos grandes nomes da industria discográfica e responsável pelo lançamento de vários artistas, mas, para já, é apenas especulação.
Tudo indica que o rapper montou uma verdadeira empresa para organizar as ditas festas em casas particulares ou em hotéis.
Uma das funções dessa empresa era apagar vestígios e danos dessas festas.
O rapper alega ser inocente, mas teve o pagamento de fiança negado e por isso, continua preso.
A acusação diz ter provas inequívocas dos crimes como fotografias e vídeos. Está prevista para os próximos dias desta semana uma nova audiência.
Ainda não há data marcada para o julgamento.