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Novos radares de velocidade média. Como vão funcionar?

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Multas dos novos radares vão pagar remoção dos "pontos negros" nas estradas?

12 set, 2023 • Hugo Monteiro


Saiba como o Governo pretende financiar a eliminação os problemas nos locais onde ocorrem mais acidentes de viação.

É a estratégia anunciada pelo ministro da Administração Interna para melhorar as estradas onde há mais acidentes rodoviários - as obras vão ser pagas com o dinheiro das multas referentes a infrações detetadas pelos novos radares de velocidade.

Desta vez, além do controlo instantâneo, alguns dos novos aparelhos vão medir a velocidade média - uma nova tecnologia em Portugal. Os novos radares que em funcionamento juntam-se aos 61 já existentes. São da responsabilidade do projeto Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO).

O Explicador Renascença explica ao mais ao pormenor como é que este controlo vai funcionar.

Na prática, vão ser os infratores a pagar as obras?

Pelo menos em parte. O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, explica que parte da receita desse controlo de velocidade vai financiar a remoção dos chamados pontos negros nas estradas - sejam elas estradas nacionais, vias municipais ou locais. O Governo prevê aplicar esses fundos nos contratos locais de segurança rodoviária, assinados com os municípios, para que as autarquias possam investir na remoção desses obstáculos, que contribuem para a sinistralidade. No ano passado, a verba resultantes das multas por excesso de velocidade foi cerca de 26,3 milhões de euros.

Sabe-se quanto é que o Estado já arrecadou em coimas por excesso de velocidade este ano?

A conta ainda não está feita. Certo é que os novos radares entraram em funcionamento a 1 de setembro - tanto os radares de controlo instântaneo, como os de velocidade média. Só nas primeiras 24 horas, o número de infrações detetadas superou o habitual: foram registadas seis mil contra ordenações. São infrações cuja multa pode chegar aos 2.500 euros.

Corremos o risco, enquanto condutores, de sermos surpreendidos por estes novos radares?

Não necessariamente. Primeiro, a localização exata de todos os novos radares encontra-se disponível no site da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Para além disso, os radares estão devidamente sinalizados nas estradas onde estão instalados - sejam eles os radares de controlo instantâneo, sejam os de velocidade média.

Esses radares de velocidade média são uma novidade... Afinal como funcionam?

São 12 radares de controlo de velocidade média que estão a funcionar nas estradas portuguesas. Ao contrário dos radares convencionais - que registam a velocidade a que circula determinado veículo no momento em que passa por aquele local - os radares de velocidade média fazem o cálculo da velocidade média a que seguiu determinado veículo entre dois pontos. Ou seja, mede o tempo que o veículo demora a percorrer uma determinada distância. E digo-te que estes novos radares estão instalados em quatro autoestradas - A1, A25, A3 e A42 - três estradas nacionais - EN10, EN109 e EN211 - e dois itinerários complementares - IC19 e IC2.

Hoje é o início do ano letivo. Há alguma campanha de segurança rodoviária em curso?

A PSP, a GNR e a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária lançam esta terça-feira a operação "Cinto-me Vivo" (com C) - uma campanha de promoção do uso do cinto de segurança, do capacete e da cadeirinha para crianças. A operação vai estar nas estradas até dia 18, através de ações de fiscalização que vão decorrer em vias com maior fluxo rodoviário.
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  • ze
    12 set, 2023 aldeia 09:15
    Os milhões serão para depois pagar a indemnização á ex ceo da TAP.
  • Petervlg
    12 set, 2023 Trofa 07:40
    Na variante do Marco de Canaveses, instalaram um radar de controlo de velocidade media, de 70 km, com dois ponto de saída, para estradas secundarias a meio desse controlo. Se vier por uma estrada nacional, pode andar a 90, na variante anda a 70, digam se isto não é caça a multa! Os pontos negros que o Sr. Ministro refere, são erros na idealização e na construção das vias, que originam acidentes, ou seja estradas mal feitas.