05 mai, 2023 • Miguel Coelho
Mais de três anos depois, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou esta sexta-feira o fim da pandemia de Covid-19, não sem avisar que pode ser declarada uma nova situação pandémica se a situação assim o exigir.
Há contagens oficiais, que mostram a que a Covid em todo o mundo causou a morte a quase sete milhões de pessoas, num total de casos superior a 680 milhões.
A OMS admite, contudo, que o número real de óbitos pode ser várias vezes superior, chegando a pelo menos 20 mihões. Mas é natural que os números reais tenham sido superiores, sobretudo em países onde o controlo da doença foi menos rigoroso, como em África ou noutras zonas do mundo onde, por falta de condições ou por motivos politicos, os dados sobre a Covid foram e continuam a ser menos fiáveis.
Em Portugal, até ontem morreram oficialmente de Covid 26.616 pessoas e os casos contabilizados foram cerca de 5 milhões e meio-
As vacinas foram um contributo decisivo.
Os especialistas calculam que, só no primeiro ano da vacinação, em 2021, evitaram-se 20 milhões de mortes em todo o mundo.
Só em portugal cerca de 14 mil mortes foram evitadas graças às vacinas. E convém lembar que fomos o primeiro país do mundo a ter 85% da população vacinada contra a Covid-19.
Para além da vacinação, a própria dinâmica da doença, a forma como estirpes menos agressivas foram substituindo as variantes iniciais, os anti-corpos naturais que as infecções foram provocando em quem teve a doença, tudo isto contribuiu para a construção da famosa imunidade de grupo que ambicionámos durante tanto tempo e que hoje é uma realidade.
Vai continuar pelo menos para os grupos de risco - incluindo os idosos, tal como acontece com a vacina da gripe.
As autoridades de saúde deixaram de recomendar reforços da vacinação a pessoas saudáveis com menos de 60 anos.
A OMS recomenda, contudo, que a vacina primária contra a Covid seja incluida nos programas nacionais de vacinação de todos os países.