11 out, 2021
O bloco comunitário é um dos principais consumidores de energia tendo em conta a população e as necessidades económicas, industriais e dos transportes... mas os 27 dependem muito do exterior importando grande parte: cerca de 58% do que consomem por exemplo do Médio Oriente ou da Rússia.
Para garantir um abastecimento fiável de energia e manter os preços acessíveis, a União Europeia estabeleceu o objetivo de criar um mercado da energia mais integrado e competitivo - é a chamada União Europeia da Energia.
Pretende-se assim utilizar mais eficazmente as fontes de energia existentes no espaço comunitário e diversificar as fontes de abastecimento, apostando por exemplo nas renováveis que já representam mais de um terço do consumo final em países como Portugal ou a Dinamarca.
Mas há Estados-membros que estão muito dependentes de uma só fonte ou de uma rota internacional de abastecimento, por vezes instável. Para ajudar a prevenir falhas no fornecimento, a União Europeia tem medidas que a preparam para situações de emergência no setor do gás ou da eletricidade. Também financia projetos de interesse comum para diversificar as rotas.
Com o objetivo de completar o mercado interno, a Europa deve igualmente reduzir os entraves técnicos e regulamentares para que a energia possa circular mais facilmente entre os 27, baixando assim os preços. Nesse sentido, pretende também fomentar a ligação de infraestruturas para transportar energia entre Estados-membros, por exemplo entre Portugal, Espanha e França.
Face à actual escalada dos preços da electricidade, vários países como Espanha consideram necessário ir mais longe: pedem uma resposta europeia com compras conjuntas de gás, à semelhança da aquisição conjunta de vacinas contra a Covid, e a revisão do sistema de fixação de preços no mercado da eletricidade.