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​Ucrânia. Mais de 8 milhões de deslocados internos com necessidades prementes

10 mai, 2022 • Vasco Gandra, correspondente em Bruxelas


Trata-se de um aumento de 24% face aos números anteriores publicados em meados de março.

A guerra na Ucrânia já gerou mais de oito milhões de deslocados internos que enfrentam situações de necessidades urgentes, segundo os últimos dados da Organização Internacional para as Migrações (OIT), revelados esta terça-feira.

Trata-se de um aumento de 24% face aos números anteriores publicados em meados de março.

Estas pessoas encontram-se em situação vulnerável com necessidades prementes. As principais prioridades prendem-se com a necessidade de obter apoio financeiro e de encontrar um abrigo.

O último relatório da OIM foi realizado entre 17 de abril e 3 de maio. Os resultados apontam o apoio financeiro como a principal necessidade sentida pelos deslocados internos na Ucrânia. Dois terços dos entrevistados identificaram a assistência financeira como uma de suas necessidades, o que compara com 49% no início da guerra.

Conseguir um abrigo é outra das prioridades destas pessoas. Cerca de 27% dos deslocados internos têm a sua casa danificada ou destruída. 10% dos entrevistados afirmaram que precisam de materiais para recuperar a casa danificada.

No comunicado de imprensa da OIM, o diretor-geral António Vitorino diz que "as necessidades dos deslocados internos e de todos os afetados pela guerra na Ucrânia crescem a cada hora".

"O acesso às populações que precisam de ajuda continua a ser um desafio" no meio das hostilidades em curso, afirma António Vitorino. Mas as equipas da OIM estão comprometidas em continuar a prestar assistência na Ucrânia e nos países vizinhos, garantiu o diretor-geral.

A organização calcula que desde o início da guerra pelo menos 320 mil pessoas receberam ajuda direta da OIM, incluindo alimentos, material de higiene, dinheiro, ajuda psicológica, ou beneficiaram de campanhas de informação de prevenção contra o tráfico de seres humanos e exploração sexual.

A OIM apela aos países e parceiros internacionais para continuarem a atender às necessidades dos deslocados internos, incluindo por meio de assistência em dinheiro e de programas de reabilitação de abrigos.


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