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Espaço do Consumidor - Combater as alergias - 19/04/2018

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Tem o nariz a pingar? Oito dicas para combater as alergias

19 abr, 2018 • Fátima Casanova


Comichão e nariz a pingar, tosse ou reações na pele. Estes sintomas dizem-lhe alguma coisa? Está aí a época das alergias.

Conheça os principais obstáculos que impedem muitas pessoas de ter um dia-a-dia com menos crises de alergia. O segredo está em perceber os sintomas e não falhar na prevenção.

1 - Confundir alergias com constipações

Este é um equívoco muito comum, porque os sintomas são iguais – têm é causas diferentes. Espirrar, nariz tapado e tosse são sintomas conhecidos da constipação, porque o corpo está a lutar contra um vírus, mas também podem ser o resultado de uma defesa desencadeada por uma alergia.

Como distinguir? Se os sintomas duram várias semanas, se se repetem sempre na mesma altura do ano – na primavera com os pólenes ou no outono com os ácaros – o melhor é marcar uma consulta junto do médico de família para fazer o despiste sobre o que será.

2 – Dúvidas no combate à doença

Na constipação usa-se medicação para baixar a febre ou analgésicos para as dores, como o paracetamol; no caso das doenças alérgicas são necessários anti-inflamatórios e/ou anti-histamínicos, substâncias que ajudam a diminuir a inflamação.

3 – Pólenes causadores de alergias

Em Portugal, os pólenes que afetam mais pessoas são os das oliveiras, dos fenos (gramíneas) e da erva parietária, também conhecida por ervas dos muros. São os pólenes que não vemos e que, por serem mais pequenos, entram mais facilmente em contacto com os olhos ou a mucosa do nariz que podem ser mais agressivos.

4 – Cuidados com a toma dos medicamentos

A automedicação nunca é aconselhada. Os anti-inflamatórios e anti-histamínicos podem interagir com outros medicamentos que possa estar a tomar, como antibióticos ou antifúngicos, e fazer mais mal do que bem.

Também é preciso ter cuidado com os anti-histamínicos com efeito sedativo. A informação sobre o modo de toma e os perigos da sonolência são para levar a sério.

E não abuse das gotas para o nariz! Os vasoconstritores devem usar-se, no máximo, durante dois ou três dias.

5 – Combata as alergias antes de elas atacarem

Para um controlo adequado, a prevenção deve começar semanas ou meses antes, quando se percebe exatamente a que é que a pessoa é alérgica.

No caso dos pólenes, deve marcar uma consulta com um especialista no outono para que, se for necessária a vacina, esta possa ter efeito na primavera.

Se o seu problema forem os ácaros, que tendem a atacar mais no outono, poderá fazer a vacina em qualquer altura do ano.

6 – O que não deve fazer em casa

Se sofre de alergia aos pólenes, não deve ter as janelas da casa abertas nesta altura do ano. Só deverá arejar a casa por volta da hora do almoço ou durante a noite. De manhã e ao fim do dia é quando há mais pólenes a circular com o vento.

Se sofre ou suspeita de alergia a ácaros, a cama deve ficar aberta para arrefecer pelo menos duas horas.

7 – Cuidados com a alimentação

Muitas vezes pensa-se que só quando se tem uma alergia a um determinado alimento é que é preciso ter cuidado, mas não é assim. Uma dieta à base de “fast food” e excesso de sal favorecem as doenças alérgicas – isto, porque o sistema imunitário tem de lidar com essas agressões, agravando a inflamação causada pelas alergias.

8 - Fazer desporto

O sedentarismo e a obesidade são fatores de risco, por isso, é importante mexer-se. Numa altura de maior atividade polínica, deve evitar fazer exercício de manhã ou ao fim do dia, que são as horas com mais pico de pólenes. Deve optar por zonas junto ao mar e poderá fazer a medicação de alívio como prevenção ou outros medicamentos receitados pelo médico.

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