19 nov, 2021 • José Bastos
A pandemia constituiu uma crise sem precedentes e foram vários os setores que entraram em colapso, mas outros demonstraram a sua decisiva importância na vida coletiva.
Se ao setor da saúde todas as justas loas já foram tecidas, importa lembrar que na enorme disrupção à escala europeia e mundial não faltaram alimentos – o sistema de alimentos funcionou bem, mas a jusante a produção agrícola funcionou ainda melhor com a discrição de sempre, mas nunca falhando no essencial numa das mais básicas necessidades humanas, a alimentação.
Afinal, podemos deixar de fazer quase tudo, mas não podemos deixar de comer.
Mas será que a comunidade global reforçou a sua perceção da enorme resistência de um setor que não só enfrentou com sucesso a crise financeira de 2008, como em 2020 fez frente à pandemia?
No fim de contas a agricultura é um setor recatado, pouco debatido nas sociedades desenvolvidas quando os tópicos de análise são a inovação, o futuro, a transição digital e climática ou o mundo do trabalho, num setor que cada vez mais precisa de novos perfis de gestores, de técnicos e de profissionais qualificados.
Também parece ser verdade que as sociedades modernas não estão particularmente preocupadas com a agricultura, mas colocam no topo das suas prioridades, e bem, a alimentação, a saúde, as alterações climáticas no que, às vezes, conduz a opções contraditórias e potencialmente conflitivas.
É sobre estas dúvidas, perplexidades e desafios que nos vai conduzir o Engenheiro Agrónomo José Martino, gestor, consultor em territórios de baixa densidade, e uma das vozes com pensamento próprio no ecossistema agrário português.
Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus