24 set, 2021 • José Bastos
A Premiére Vision é a referência para o setor a nível global e não podia ter corrido melhor para a mais de meia centena de têxteis portuguesas presentes. “Ficámos 200% acima da expectativa inicial, as empresas portuguesas tiveram mais visitantes do que em 2019 e o negócio está verdadeiramente a retomar”, afirmou em Paris, o presidente da ATP, Associação Têxtil e Vestuário, Mário Jorge Machado, citado no jornal T da associação.
Os setores têxtil e vestuário, além de responder por 8% do emprego em Portugal, são do mais relevante na vitalidade das exportações portuguesas e só nos primeiros sete meses de 2021 viu as vendas ao exterior crescerem 17% em relação ao período homólogo de 2020 e 0,2% face a 2019, o período pré-pandemia.
Até junho, Portugal exportou bens têxteis e de vestuário num valor total de 3191 milhões de euros. Só a indústria do vestuário vendeu mais 1.824 milhões de euros em bens, o que representa um crescimento de 22,6% comparando com os valores verificados entre janeiro e julho de 2020 (1488 milhões de euros), de acordo com os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Neste período os principais mercados têm sido a França e os Estados Unidos com um acréscimo de 57 milhões no caso francês e 46 milhões no mercado norte-americano, sendo que a Espanha continua a ser o principal destino das exportações nacionais (25%), a registar uma quebra de 172 milhões de euros (-18%).
Que sinais avançados para a consolidação da retoma surgiram em Paris? Que cicatrizes deixa a pandemia no setor? Qual o papel que se espera da Comissão Europeia para fazer face à concorrência desleal com origem na Ásia? Que atenção deve dar o PRR na inovação e reindustrialização do setor?
As perguntas são para o engenheiro de polímeros e professor universitário Mário Jorge Machado, presidente da ATP, Associação Têxtil e Vestuário de Portugal.
Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus