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Bruno Gonçalves e o nuclear

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Bruno Gonçalves e o nuclear

12 nov, 2021 • José Bastos


Cientista olha para o papel do nuclear - se algum - no combate às alterações climáticas.

Como avaliar a energia nuclear? Para a Comissão Europeia o dilema não é fácil de resolver. Países como França, Polónia, ou Eslováquia, por exemplo, entendem que o nuclear deve ser considerado "verde." Por outro lado, Estados-membros como a Alemanha, Bélgica, Luxemburgo defendem o abandono desta forma de geração de energia.

O enquadramento da energia nuclear enquanto energia verde pode representar, ou não, o acesso da indústria a milhares de milhões de euros em fundos europeus ao longo dos próximos anos.

Já Portugal juntou-se a um conjunto de países que assinou uma declaração que “inibe o nuclear de ser considerado como uma energia sustentável”.

Mas numa altura em que os preços da energia batem todos os recordes e o mundo precisa de abandonar os combustíveis fósseis volta a ser discutido o papel do nuclear na chamada transição verde.

À margem da COP26 em Glasgow, durante uma entrevista à agência France Press, o chefe da Agência Internacional de Energia Atómica defendeu que a energia nuclear é fundamental para a transição energética.

Para Rafael Grossi, “a energia nuclear é uma parte da solução para o aquecimento global e não há como contorná-la”. “Alguns podem utilizá-la, outros não, mas é evidente que já está a produzir mais de 25-26% da energia limpa que é produzida em todo o mundo, e sem ela nunca o conseguiríamos", sublinhou Grossi. O diplomata argentino admite que a energia nuclear "não é a panaceia mas é um elemento muito importante que precisa de ser parte da solução".

Nuclear: solução arriscada do passado ou alternativa ainda com futuro? A questão é colocada ao professor Bruno Soares Gonçalves, o cientista que preside ao Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, a maior escola portuguesa de ciência e tecnologia e uma das mais reputadas instituições de engenharia da Europa.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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