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A maioria "requentada"

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A maioria "requentada"

19 mar, 2023 • José Bastos


João Paulo Batalha, Nuno Garoupa e Nuno Botelho na análise da atualidade.

Finalmente a resposta de Costa a Marcelo. Depois de um silêncio prolongado de quase uma semana, o primeiro-ministro recusou a tese do presidente da República de que lidere uma maioria de governo “requentada e cansada” contrapondo a estreia em funções de muitos dos seus ministros e que não havia uma maioria absoluta em Portugal desde 2009.

Em entrevista à RTP e ao PÚBLICO, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o PS está a governar com uma “maioria requentada” e “cansada” e que teve “um ano praticamente perdido”, mas que na oposição não existe ainda “alternativa política”.

Quebrando a sua regra de não comentar questões de política nacional no estrangeiro, António Costa falou no final da 34ª Cimeira Luso Espanhola, em Lanzarote, nas Canárias, começando por referir que, a 30 de janeiro de 2022, “os portugueses escolheram para prosseguir a governação” socialista até 2026. “Tendo em conta que não havia uma maioria desde 2009, uma maioria em 2022 não é seguramente requentada”, sustentou.

O primeiro-ministro acentuou que “nunca comenta questões de política externa no exterior” e que mesmo em Portugal não lhe compete “fazer comentário político”. “Sou primeiro-ministro. Compete-me governar, identificar problemas e trabalhar para encontrar soluções”, acrescentou. Não dispensando um toque de ironia, Costa perguntou ainda a Pedro Sánchez se não queria ser comentador em Portugal.

‘Recursos linguísticos de Lanzarote’ à parte, do ponto de vista da estratégia política está António Costa a conseguir travar a espiral negativa do governo? Está o governo a transferir responsabilidades para terceiros (preços da alimentação, TAP, pacote da Habitação)? Porque continua a falhar no crescimento económico?

A análise é de Nuno Garoupa, professor da GMU Scalia Law, Nuno Botelho, presidente da ACP - Câmara de Comércio e Indústria e João Paulo Batalha, consultor anti-corrupção e de governança, ex-líder da TI. a olharem também para a investigação/RR, liderada por João Carlos Malta, 'O Império do Ajuste Direto’ a indicar que só 1% dos contratos entre o Estado e escritórios de advogados resultaram de concursos públicos, num universo de 70 milhões de euros.

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