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O risco da tempestade perfeita - Conversas Cruzadas

CONVERSAS CRUZADAS

O risco da tempestade perfeita

07 nov, 2021 • José Bastos


Nuno Botelho, José Pedro Teixeira Fernandes e Mário Jorge Machado na análise da instabilidade política, da crise na indústria e da COP26 em Glasgow.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou ao país eleições a 30 de janeiro. Na última quinta-feira, o presidente indicou ter dissolvido a Assembleia da República porque se “dividiu a base de apoio do governo” em momento chave: saída da pandemia e um período “irrepetível” em volume de fundos europeus.

“Há momentos assim, em que a certeza, a segurança e a estabilidade são importantes para o país”, afirmou o chefe de Estado para lembrar que há um quarto de século, também ele, enquanto líder da oposição, viabilizou três orçamentos para que Portugal não comprometesse a adesão à moeda única.

O presidente também desdramatizou a antecipação das eleições dizendo fazer parte da democracia devolver a palavra ao povo para refazer a segurança e estabilidade.

Mas até onde pode subir o risco de ingovernabilidade num país onde a classe política é pouco propensa a compromissos? Deve a campanha eleitoral ser esclarecedora quanto a intenções de coligações pós-eleitorais ou, pelo menos, entendimentos quanto à viabilidade de soluções governativas?

Pode a crise política ameaçar a retoma económica já a enfrentar um quadro com variáveis imprevisíveis? Até onde vai a margem da indústria portuguesa para absorver mais impactos da tempestade perfeita nos mercados? A escassez e preço elevado das matérias primas, o brutal aumento de custo da energia e combustíveis, as disrupções nas cadeias de logística e ainda incertezas sobre a pandemia vieram tornar ainda mais complexo o quotidiano das empresas portuguesas.


A análise é de Nuno Botelho, líder da ACP – Câmara do Comércio e Indústria José Pedro Teixeira Fernandes, professor e especialista em geopolítica e Mário Jorge Machado, gestor e presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal que também vão olhar para a COP26 de Glasgow.

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