Tempo
|
José Luís Ramos Pinheiro
Opinião de José Luís Ramos Pinheiro
A+ / A-

Opinião - José Luís Ramos Pinheiro

​Autoeuropa: pôr ordem na "geringonça"

04 set, 2017 • Opinião de José Luís Ramos Pinheiro


Vítimas potenciais deste campeonato de influência sindical entre PCP e Bloco de Esquerda na Autoeuropa: os trabalhadores, o país e a empresa.

O conflito na Autoeuropa, entre um sindicato (afecto à CGTP) e a administração, parece esconder um outro mais surdo, mas não menos importante: entre o Bloco de Esquerda e o PCP.

Ao longo dos anos a comissão de trabalhadores da Autoeuropa, coordenada por António Chora (Bloco de Esquerda), soube dialogar de modo suficientemente hábil para consensualizar os interesses de todos.

Com a saída de cena de António Chora (reformado desde Janeiro), o novo coordenador já acusou o SITE Sul – sindicato filiado na CGTP – de promover um assalto à comissão de trabalhadores e de radicalizar posições. Prometendo o impossível aos trabalhadores - segundo o novo coordenador - o sindicato pretende ocupar o papel e o lugar da Comissão nas negociações com a Autoeuropa.

Vítimas potenciais deste campeonato de influência sindical entre PCP e Bloco de Esquerda: os trabalhadores, o país e a empresa.

O direito de todo o trabalhador a conciliar vida profissional e familiar é inquestionável. Mas esse é um direito que ao longo dos anos tem sido protegido na Autoeuropa com bom senso e cedências recíprocas. É bom que assim continue. A radicalização de posições é um risco, sobretudo quando se fala de uma empresa essencial à economia portuguesa e à estabilidade de milhares de famílias.

António Costa deveria pôr ordem na "geringonça". A luta de influência entre os parceiros parlamentares do PS deve ser contida. Porque o país e os trabalhadores estão primeiro.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Fora daqui
    05 set, 2017 Lisboa 23:14
    Portugal não merece ter estas fábricas! O melhor mesmo é colocá-las onde lhes dão valor, Roménia, Polónia, Hungria, etc.
  • Porconta
    05 set, 2017 Porto 19:00
    Por muito que queiram deitar as culpas ao sindicato e ao PCP, isso não é sério afinal foi ou não a maioria dos trabalhadores que assumiu o diferendo? que eu saiba são adultos ou será que lá trabalham menores, por muito que essa empresa seja importante para Portugal os trabalhadores Portugueses não podem ser carne para canhão e terem de trabalhar sem receber, a empresa em causa assume uma chantagem aos trabalhadores e querem ser respeitados, os que aceitam este tipo de chantagem que vão para lá trabalhar aos sábados e ganhar como dia normal, a legislação do trabalho em Portugal devia ser para todos e não devia nem esta nem outra qualquer alterar a lei a seu belo prazer quando lhes interessa.
  • MASQUEGRACINHA
    05 set, 2017 TERRADOMEIO 18:32
    E os trabalhadores que, cada um por si, decidiu em Assembleia, devem ser todos um bando de tontinhos que para ali anda, altamente influenciáveis, até mesmo suicidas laborais - e não marmanjões crescidos e com bom conhecimento do que a casa gasta (casa que é a deles, antes de minha ou de opinadores, ou dos interesses pátrios). Haja respeito ou, pelo menos, racionalidade.
  • José Saraiva
    05 set, 2017 Viseu 15:50
    Por mim acabava-se já com a produção da Autoeuropa...só produz CARROS CAPITALISTAS (curiosamente adquiridos por muitos reformados ,professores e funcionários públicos filiados no BE e PCP).....produção de TUC-TUCs JÁ!
  • Florival
    05 set, 2017 Lisboa 07:30
    Os trabalhadores da autoeuropa têm razão. Porque hão - de receber menos por trabalhar aos såbados. Na alemanha, os trabalhadores fazem greve. É intrínseco às relações de trabalho. O problema, para a obtenção de um acordo, tem mais a ver com o facto de os sindicalistas que têm aparecido serem funcionários do pcp. Pelo menos não têm patrão, nem sabem o que é trabalhar há décadas. Incompetentes e parasitas, esticam a corda até poderem. Até porque dá direito a tv. Nada mau para quem não verga a mola. E depois da greve, já se viu: tudo na mesma....
  • ruiteixeira
    04 set, 2017 famalicao 21:59
    Caro amigo será que merece um comentário, há sua opinião?Acho que não, nem vale a pena, e só lamentar. as suas frases,E PIU,PIU.
  • Eborense
    04 set, 2017 Évora 21:48
    Nacionalizem a empresa! Penso que será a melhor solução e ninguém melhor que o PCP sabe fazer isso e toda a gente sabe o sucesso que foram as nacionalizações preconizadas pelo PCP e pelos ascendentes do BE (PSR, MRPP, UDP, etc.) aquando do PREC. Força camaradas! Expulsem os fascistas de cá!