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A Igreja celebrou hoje, dia 15 de outubro, a memória litúrgica de Santa Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja, padroeira de Espanha. Viveu entre 1515 e 1582. Aos sete anos de idade, já ia a caminho do martírio, mas foi travada nas suas intenções por um familiar. Aos catorze anos, perdeu a sua mãe, e começou a dedicar o perfume da sua vida à Virgem Maria, sua mãe espiritual. Ingressou numa escola de religiosas agostinianas, em Ávila, mas aos quinze anos adoeceu, e teve de ficar em casa vários anos. Foi então que leu as Confissões de Santo Agostinho e começou a interessar-se particularmente por Santa Maria Madalena. Entrou para o Convento Carmelita da Encarnação, em Ávila, em 1535, e ficou perplexa ao ver a vida mundana e relaxada das religiosas carmelitas, que então povoavam os mosteiros em grande número. Ao ver o estado deprimente do mosteiro em que entrou, tratou logo de fundar um Carmelo reformado, o que aconteceu em 1562-1563. Juntamente com S. João Cruz, reformou a Ordem Carmelita, e os dois fundaram a Ordem dos Carmelitas Descalços. O Carmelo ganhou assim novo fulgor, pobreza, e a necessária espiritualidade e contemplação. Santa Teresa deixou-nos Obras extraordinárias que traduzem a sua vida mística e contemplativa, como “O Castelo Interior” e o “Caminho de Perfeição”. As suas últimas palavras, antes de morrer, foram: “Meu Senhor, é hora de seguir adiante. Pois bem, que seja feita a Tua vontade. Ó meu Senhor e meu Esposo, chegou a hora que tanto esperei. É hora de nos encontrarmos”.
Foi canonizada em 1622 por Gregório XV. Em 27 de setembro de 1970, S. Paulo VI proclamou-a doutora da Igreja, juntamente com Santa Catarina de Sena, as duas primeiras doutoras da Igreja.
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