João Ribeiro
Como nos é difícil, Senhor,
Comer, beber, dançar e sorrir,
Ao ritmo da glória de Deus!
Como nos é atroz, Senhor,
Por causa da qualquer lepra,
Experimentar a exclusão!
Como não é raro, Senhor,
Fazermos da impureza
Arma nossa de reivindicação!
Como somos avessos, Senhor,
À humildade de confessar
A nossa culpa e a nossa iniquidade!
Como desconfiamos, Senhor,
De que queiras e realmente possas
Curar-nos e libertar-nos!
Como nos falta, Senhor,
A ousadia de reconhecer-nos agraciados
E gritar, o que por Ti, nos acontece!