Isabel Figueiredo
«Jesus mora onde Deus demora, onde Deus permanece»
A tua morada Senhor, sempre procurada e tão desejada.
Procuro passos que lá me levem, estrelas que me guiem.
Procuro inquieta, uns dias triste e outros não.
Queria abrir portas, subir aos montes, derrubar muros.
Queria ouvir a Tua voz, ajoelhar a Teus pés, tocar no Teu manto.
Procuro o Filho. Mas dizem-me que habitas a permanência do Pai.
Que moras onde Ele se demora.
E vejo montes e vales, colinas e mares, árvores, frutos e a terra,
a terra de tantas cores. Sinto o cheiro da maresia, a brisa do vento, o frio e o calor.
Vejo os meus e tantos outros de quem sei o nome. E todos os que desconheço.
Vejo o medo e a esperança, a ternura e a maldade, a conquista e a queda.
Sinto os gostos e os desgostos do amor, a vida que passa.
E em tudo, Tu moras e demoras e permaneces.
Pai e Filho. Filho e Pai. E o sopro, o anúncio, o Amor.
Queria abrir portas, subir aos montes, derrubar os muros.
Queria ouvir a Tua voz, ajoelhar a Teus pés, tocar no Teu manto.
Fala Senhor. E ajoelhada toco o Teu manto.