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Covid-19

Ministra admite dificuldades no recrutamento para brigadas de intervenção nos lares

26 out, 2020 • Susana Madureira Martins , com Lusa


Esta segunda-feira, no Parlamento, Ana Mendes Godinho confirmou que as equipas de intervenção rápida para os lares atingidos por Covid-19 já atuaram 51 vezes. A ministra da Segurança Social admite, contudo, que há zonas do país onde há mais dificuldade em recrutar pessoas. Guarda é um exemplo.

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A ministra da Segurança Social confirma que as equipas de intervenção rápida para os lares de idosos atingidos pela Covid-19 “já foram ativadas, até ao momento, 51 vezes” desde a sua criação.

Esta segunda-feira, no Parlamento, onde foi ouvida no âmbito da discussão do Orçamento do Estado (OE) para 2021, Ana Mendes Godinho admitiu, contudo, que há regiões onde tem havido dificuldade em recrutar elementos.

“Quanto à questão concreta em relação à Guarda, a informação que eu tenho, ao dia 22 [de outubro], existia uma brigada de intervenção na Guarda que tinha nove pessoas. Dito isto, quero frisar que há zonas do país onde é, de facto, mais difícil encontrar recursos humanos para ter capacidade de resposta e o que nós estamos aqui a fazer é, permanentemente, monitorizar a situação e procurar reforçar as várias brigadas que existem no país”.

As afirmações da ministra Ana Mendes Godinho respondem à preocupação expressa pelo presidente da Câmara da Guarda que, esta segunda-feira, apelou à criação "urgente" de equipas de intervenção rápida na região, para ser dada resposta a eventuais situações de Covid-19 que venham a ocorrer em lares de idosos.

As afirmações da ministra Ana Mendes Godinho respondem à preocupação expressa pelo presidente da Câmara da Guarda que, esta segunda-feira, apelou à criação "urgente" de equipas de intervenção rápida na região, para ser dada resposta a eventuais situações de Covid-19 que venham a ocorrer em lares de idosos.

O apelo de Carlos Chaves Monteiro foi lançado após ter sido equacionada, durante o fim de semana, a possibilidade de recurso a uma brigada de intervenção rápida para atuar num lar de idosos, o que acabou por não acontecer, uma vez que dois dos três elementos da equipa disponível tinham apresentado teste positivo para o novo coronavírus.

O autarca considera que, "até agora, o maior problema" verificado no contexto do combate à pandemia em lares de idosos, "é a inexistência de equipas de intervenção rápida para apoiar as instituições" com funcionários que testem positivo ou que entrem em isolamento profilático.

"Embora a situação tenha sido ultrapassada, a verdade é que nos alerta para um problema grave que é, numa situação de rutura destas instituições, não poder acontecer logo [a intervenção de] uma equipa de intervenção rápida", disse.

Cruz Vermelha reforça recrutamento

Entretanto, a ministra da Segurança Social confirma que a Cruz Vermelha abriu um processo de recrutamento para reforçar o número de elementos a atuar nestas eqiupas de intervenção em lares de idosos.

“Neste momento está em curso o processo de recrutamento da própria Cruz Vermelha, que é a entidade que está a implementar esta operação, precisamente até para reforço relativamente ao número inicial que tínhamos avançado para as brigadas, por sentir que é cada vez mais necessário este reforço e a difusão também da sua distribuição e da necessidade regional, que não é igual, não é idêntica em todas as zonas do país”, adiantou Ana Mendes Godinho.

Noutro plano, a ministra anunciou, ainda, que foram encerrados mais de 600 lares ilegais nos últimos quatro anos.

Só em 2020, Ana Mendes Godinho esclarece que “a Segurança Social fez 396 fiscalizações a lares em Portugal e nos últimos quatro anos encerrou 606 lares ilegais no país”.

“Há um acompanhamento e sempre que é detetada alguma situação é desencadeado o processo de fiscalização e ordem de encerramento. O que acontece em muitas das situações é que a própria ordem de encerramento é questionada e existe um recurso em tribunal e, portanto, em algumas situações os processos estão depois à espera de uma decisão definitiva por parte dos tribunais”, concluiu a ministra.

Comentários
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  • José Gaspar
    27 out, 2020 Leiria 11:41
    Se os vários Governos tivessem investido mais na Saúde talvez hoje a situação de falta de meios tanto humanos como outros não fosse tão grave mas como todos andaram andam e vão continuar a governar por agendas eleitorais, nunca governaram a pensar no futuro, hoje é fácil todos os ex governantes e atuais sacudirem a água do capote, eu queria era ouvir todos eles pedirem desculpa pelo não investimento na Saúde, Educação, Segurança, etc.etc.etc mas isso é para Políticos com H grande coisa que em Portugal na actual classe política não existe.
  • manuel ferraz
    26 out, 2020 Porto 22:01
    Mas esta ministra o que anda a fazer. A vender a banha da cobra. Não existem brigadas ou à existirem são no Porto e Lisboa o resto do país é isso mesmo o resto.