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Sábado, 19 de setembro de 2020

Isabel Figueiredo


Boa Noite - 19/09/2020

A chuva molhou-me os pés.


Já tinha esquecido a lentidão
das manhãs, quando ficamos parados,
presos em estradas cheias de barulhos e de luzes.

Já tinha esquecido a água que sacudimos dos cabelos,
dos sapatos, dos casacos tirados à pressa,
ainda guardados em armários fechados.

A chuva chegou, intensa, rápida, determinada.
Como que a dizer-nos que não mandamos nada.

A chuva, o sol, o vento que sopra quando quer,
fazem-me sentir daquele tamanho de criança,
que se sabe pequena.
Sinto-me assim, filha de colo, de olhos abertos
perante o mar e o céu, a chuva e o frio, o calor e o vento.

Foi só uma manhã de chuva.
Mas dei a volta ao mundo porque Te encontrei.
Porque tudo me fala de Ti, criador do céu e da terra,
capaz de soprar vida e vencer a morte.
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