28 jul, 2020 • Inês Braga Sampaio
A implementação de um "play-off" entre o terceiro classificado da Segunda Liga e o antepenúltimo da Primeira e a manutenção das cinco substituições serão temas em discussão na assembleia geral da Liga de Clubes desta terça-feira, por sugestão do organismo que rege o futebol profissional.
A principal medida é a do "play-off", que no fundo acrescenta uma vaga na I Liga. A Liga apresenta como argumento o facto de mais nenhum campeonato da Europa com 18 equipas ter apenas duas equipas a subir e descer. Em declarações à Renascença, Carlos Pinto, treinador do Desportivo de Chaves, da II Liga, apoia a proposta, que "seria excelente para os campeonatos profissionais", e até vai mais longe.
"Eu apenas acrescentaria mais uma equipa: em vez de ser o antepenúltimo classificado da I Liga com o terceiro da II Liga, metia o terceiro e quarto da II Liga a disputar com duas equipas da I Liga. Nos campeonatos profissionais de outros países isso também existe e tornava ambos muito competitivos", sustenta o treinador.
Na opinião do técnico, de 47 anos, "saem todos beneficiados" com a implementação de um "play-off": "Acho que a I Liga não parte em vantagem, toda a gente sairia beneficiada. Se essa proposta for avante, tornará os campeonatos profissionais muito mais competitivos."
Carlos Pinto aponta, contudo, que "há outras situações" para que a Liga devia resolver, como a do Desportivo das Aves, que está sem pagar salários aos jogadores. Algo que "no futuro não deveria acontecer".
"Os profissionais deviam ser sempre protegidos, mas infelizmente é a realidade do futebol português", lamenta o treinador do Chaves.