10 fev, 2020 • Redação
O FC Porto acusa o Benfica de ter "memória curta", mostra-se pouco preocupado com a possibilidade exigida pelas águias de ter árbitros estrangeiros até ao fim da época e diz que clássico "instalou dúvida sob a real capacidade" de Bruno Lage e do plantel.
"Consideramos que este expediente de condicionamento 'pré-match' prossegue em sucessivas tomadas de posição públicas do Benfica, reclamando, entre outras alarvidades, árbitros estrangeiros para o que resta do campeonato. Como a memória nestes casos é sempre curta, recordamos que na época passada, após a derrota que lhes infligimos na meia-final da Taça da Liga, o presidente do Benfica declarou que o árbitro desse jogo não poderia continuar em funções", pode ler-se.
Os dragões consideram que a vitória no clássico, que tem motivado críticas à arbitragem por parte do Benfica, foi conseguida com "golos sem margem para dúvida" e que instalou dúvida na direção encarnada sobre as capacidades do plantel.
"É desta recordação que vive a atual novela, a qual, como é fácil ver, resulta no essencial da forma como o FC Porto venceu no sábado passado o Benfica com futebol e golos sem margem para qualquer dúvida, o que instalou na direção do Benfica a dúvida sob a real capacidade do seu treinador e dos seus jogadores para o que resta do campeonato. Sejam os árbitros nossos concidadãos ou estrangeiros", diz ainda.
Queixa-crime contra revista "Sábado"
No mesmo comunicado, que tem como título "Condicionar, perder, condicionar (bis)", o FC Porto revela ter dado entrada com uma denúncia-crime contra a revista "Sábado", que noticiou uma alegada suspeita de fraude e lavagem de dinheiro de Pinto da Costa.
"Informamos que deu hoje entrada, na Procuradoria Geral da República, no Porto, uma Denúncia-Crime contra Eduardo Dâmaso e António José Vilela, respetivamente, Diretor da Revista “Sábado” e Diretor-Adjunto e jornalista da referida revista, pela indigna manifestação de jornalismo da “Sábado” da passada quinta-feira, que se entende integrar, pelo menos, dois ilícitos criminais e em relação à qual a Administração do Grupo Cofina não podia ser alheia, tal o conjunto de referências e recalcamentos que fez da dita edição nos seus diversos meios", diz.
Os dragões esperam que a denúncia não seja arquivada: "Esperamos que a presente denúncia faça o seu caminho até às ultimas consequências e que não se veja arquivada como tantas outras com pífias justificações e que finalmente se encontre remédio para as toupeiras que vão populando os diversos meios do aparelho de Estado".