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Período crítico do furacão Lorenzo já passou. 53 pessoas realojadas e Porto das Lajes inoperacional

02 out, 2019 • Redação com Lusa


Avisos vermelhos já foram levantados e “já se está numa fase de diminuição de todos os parâmetros”.

Furacão Lorenzo é o mais forte dos últimos 20 anos nos Açores
Furacão Lorenzo é o mais forte dos últimos 20 anos nos Açores

O período crítico do furacão “Lorenzo” nos Açores já terminou, mas durante o resto desta quarta-feira ainda se vai sentir na região a sua influência em termos de agitação marítima e vento, disse à Lusa fonte do IPMA. Um total de 53 pessoas foram realojadas e o Porto das Lajes, na ilha das Flores, está inoperacional.

Vanda Costa, meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), referiu, cerca das 16h00 locais (17h00 em Lisboa), que os avisos vermelhos foram entretanto levantados e que “já se está numa fase de diminuição de todos os parâmetros”.

Segundo a especialista, “consoante o afastamento do 'Lorenzo’ do arquipélago, haverá diminuição do vento”, sendo que a agitação marítima “é a que leva mais tempo a diminuir”.

A região está também “fora do perigo gerado pela precipitação, por vezes forte”.

A meteorologista explicou que o grupo Oriental, composto pelas ilhas de São Miguel e Santa Maria, encontra-se esta tarde sob aviso laranja (o segundo mais grave), devido à agitação marítima, pelo menos até às 18h00 horas dos Açores.

No grupo Central (Faial, Pico, São Jorge, Graciosa e Terceira) também devido à agitação marítima, existe uma aviso amarelo até às 21h00, que se estende às ilhas das Flores e Corvo (grupo Ocidental).

O furacão “Lorenzo” provocou mais de 170 ocorrências esta madrugada e manhã nos Açores e obrigou ao realojamento de mais de 50 pessoas, revelou ao início da tarde o Governo Regional.

“Em termos de ocorrências, 171, sendo que temos 66 no Faial, 23 nas Flores, 28 no Pico, 21 em São Jorge, oito na Graciosa, 20 na Terceira, duas em São Miguel e três no Corvo”, adiantou, em declarações aos jornalistas, a secretária regional da Saúde dos Açores, que tutela a Proteção Civil, Teresa Machado Luciano.

Segundo a governante, foi necessário realojar 53 pessoas em três ilhas: “quatro em São Jorge, 42 no Faial e sete nas Flores”.

Todas as pessoas foram realojadas em casas de familiares ou em soluções encontradas pela Direção Regional da Habitação e pela Secretaria Regional da Solidariedade Social.

Após 255 ocorrências, Proteção Civil desativa plano de emergência

O Plano Regional de Emergência de Proteção Civil dos Açores foi entretanto desativado às 17h00 locais (18h00 em Lisboa), após terem sido registadas 255 ocorrências.

Continua sem haver notícia de qualquer vítima. Os danos materiais, esses, são bastante mais significativos e desde logo no Porto das Lajes, na ilha das Flores, que ficou inoperacional.

Também o abastecimento de energia foi afetado em todas as Ilhas, se bem que nesta altura já só haja falhas nas Ilhas do Pico, das Flores, S. Jorge e Faial.

“Resolvemos desativar o Plano Regional de Emergência de Proteção Civil pelas 17h00”, adiantou o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, Carlos Neves, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.

O responsável destacou a “grande celeridade, o grande profissionalismo e a total entrega, mesmo debaixo de um tempo severo”, dos operacionais de serviço esta madrugada nos Açores, acrescentando que todas as situações foram resolvidas e “a vida das pessoas pode decorrer dentro de condições muito satisfatórias de segurança”.

“Tivemos um total de 255 ocorrências, todas elas ao nosso nível encontram-se resolvidas. Há situações, como por exemplo o que aconteceu no Porto das Lajes das Flores, que nos ultrapassa e será uma situação a resolver numa escala a longo prazo”, frisou.

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