19 jul, 2019
A contratação do guarda-redes italiano Matia Perin cedo deixou a indicação de que haveria de se transformar numa história de longa duração, assim ao estilo das telenovelas televisivas cujo final nunca mais acontece.
Depois de ter visto desfilar na imprensa vários nomes suscetíveis de virem a ser contratados para a próxima temporada, o Benfica veio finalmente à tona para noticiar que havia chegado a acordo com a Juventus para assegurar os serviços daquele jogador de 27 anos de idade.
As verbas envolvidas no negócio foram tornadas públicas e, parecendo que tudo estava fechado, entrou-se no reino da especulação, como muitas vezes sucede em situações como esta, e até o nome do atual titular encarnado, Odisseas Vlachodimos, veio à baila para se dizer que poderia ser dispensado uma vez que não parecia muito viável a sua passagem à condição de não titular.
Quanto ao italiano, sabia-se que o guarda-redes estava ainda a recuperar de uma lesão, mas essa parecia ser, inicialmente, uma questão menor.
Além disso a verba envolvida na transferência, 15 milhões de euros, permitia tirar dúvidas quanto à possibilidade de o negócio poder voltar à primeira forma.
No entanto, a constatação de que a lesão de Mattia Perin poderá conduzir ao impedimento de jogar durante pelo menos quatro meses, o jogador acaba de ser devolvido à Juventus, ficando a dúvida sobre se o seu regresso a Lisboa alguma vez acontecerá.
Ora, no meio de tudo isto, parece existirem aqui alguns laivos de um amadorismo inesperado.
Havendo já conhecimento da lesão impeditiva do guarda-redes italiano, fica-se sem saber porque razão dirigentes e departamento médico do Benfica não se deslocaram a Itália para ali, sem rebuços, se inteirarem da verdadeira situação, evitando assim o lamentável espetáculo que em nada ajudou a favorecer a imagem do campeão português.