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O Mundo em Três Dimensões - Viagem de férias - 12/07/2019

O Mundo em três Dimensões

Vamos de férias? De carro ou de avião?

12 jul, 2019 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)


De acordo com o Eurostat, quatro em cada cinco portugueses utilizam o carro como meio de transporte em viagens longas. E a culpa pode ser dos homens.

Estamos praticamente a meio do mês de julho. Por esta altura, alguns já foram de férias, outros estão a ir e outros ainda ainda as gozam.

Quatro em cada cinco portugueses optam pelo carro para fazer viagens longas.

Por um lado, pode ser um descanso. Por outro, pode ser uma chatice.

A culpa desta decisão pode ser dos homens. Em Portugal, haverá pelo menos seis milhões e meio de automobilistas e são mais homens do que mulheres. Só entre os 30 e os 39 anos se nota menos essa diferença.

Daí que seja natural que já lhe tenha acontecido perguntar ao seu marido: “E se fôssemos até ao Algarve de comboio ou de avião?”

E, do outro lado, o marido responde: “Nem pensar! Vamos de carro, paramos as vezes que forem necessárias, mas vamos de carro, porque eu cá não me sujeito aos horários dos transportes. E depois ainda chegávamos lá e como é que íamos para o hotel ou para o apartamento? Não, esquece, vamos de carro”.

1-0 para ele. Até que chega ao segundo “round”.

“Vá lá, pensa nos miúdos, eles detestam viagens longas, depois ficam chatos e tu desconcentras-te e ficas stressado e mal disposto e eu não quero isso para as minhas férias”, diz ela.

E é aí que o homem começa a pensar.

Uma conhecida marca de automóveis japonesa realizou um estudo, segundo o qual, em cada dez pais europeus, seis dizem sentir distração pelo comportamento dos filhos no banco de trás.

São as batalhas pela última bolacha da lancheira, são os brinquedos que voam do banco de trás para o banco da frente, são os pontapés do banco de trás no banco da frente. E, de repente, fica com aquela sensação epidérmica de que vai mandar um berro para trás.

E é aí que se ignoram sinais vermelhos, é aí que os condutores mudam repentinamente de faixa de rodagem, é aí que os pais tiram as mãos do volante para gesticular.

E aí, o homem parece mais flexível. “Realmente, tens razão, vamos de comboio ou de avião e, quando chegarmos, alugamos um carro”.

1-1 no marcador. A mulher agradece, a paciência também, o ambiente familiar fica mais desanuviado e até emite menos CO2 para a atmosfera.

Não há nada como uma boa solução negociada.

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