09 jul, 2019 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
Há coisas que não gostamos de ouvir ou de ler, mas o melhor é estarmos informados. Viver na ignorância não traz vantagem a ninguém, mesmo que as notícias nos deixem assim irritados. Pois é, vamos mesmo falar de impostos, a propósito do debate sobre o estado da Nação.
De acordo com a mais recente atualização do Instituto Nacional de Estatística, cada português pagou 4.310 euros em impostos no ano passado. Mais 211 euros do que em todo o ano de 2017.
Estamos a falar do valor mais elevado desde que há registos.
A maioria (55%) daqueles 4.310 euros per capita diz respeito a impostos indiretos, relacionados com despesas e consumo: é caso do IVA, do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), do Imposto Único de Circulação, do IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis) e do imposto de selo.
Está tudo no site da Pordata: os impostos cobrados em 2018 representaram 22% do Produto Interno Bruto (PIB).
Ora, se em 2018, o PIB era de pouco mais de 200 milhões, 22% correspondem a 44 milhões de euros.
Também aqui é o valor mais alto desde 1972, o primeiro ano de que há registos. Ou seja, é o valor mais elevado dos últimos 46 anos.