24 jun, 2019
Quem tem acompanhado com atenção a presente edição da Copa América o equivalente, lá para aquelas bandas, ao nosso Campeonato da Europa, não pode deixar de sentir um enorme desapontamento.
A qualidade do futebol exibido tem sido, de um modo geral, de muito fraco nível, as selecções tidas como as mais fortes e favoritas um enorme desapontamento e muitas das vedetas presentes no torneio uma imagem desfocada do seu real valor.
Para começar, Lionel Messi, um jogador totalmente diferente daquele que temos visto tão regularmente actuar ao serviço do seu clube, o Barcelona.
Se havia dúvidas, parece indesmentível que Messi não tem nada a ver com selecção das pampas, nem esta com o fabuloso jogador que conhecemos.
A Argentina acaba, aliás, de se qualificar para os quartos-de-final com imensa dificuldade, sendo de prever que a sua presença na Copa está muito próxima do fim.
Também como equipa, a selecção antriã, a do Brasil tem-se também constituído como uma forte desilusão. A imprensa da casa tem zurzido de forma assaz violenta todos os jogadores, não deixando de incluir igualmente no seu pacote de críticas o seleccionador Tite, acusado de não ter feito as melhores escolhas, tanto em relação a jogadores como a modelo de jogo.
Excepção, em melhor sentido, tem sido a representação da Colômbia.
Mesmo sem ter produzido exibições deslumbrantes, orientada pelo professor Carlos Queiroz a selecção colombiana fez o pleno na fase de grupos contabilizando nove pontos em três jogos realizados. Veremos se vai ser capaz de prosseguir esta senda.
Muitos analistas já se aventuram em prognosticar o fim da Copa América nos moldes e no tempo em que é disputada.
A maioria dos jogadores intervenientes actuam na Europa e ao longo das suas carreiras já absorveram métodos que não se compadecem com a actual realidade sul-americana.
Até aqui, esta competição tem sido um enfado.
Esperamos que melhore na fase que irá seguir-se.