04 jun, 2019
O presidente Trump encontra-se em visita de Estado ao Reino Unido. Antes de chegar, disse que Boris Johnson seria em ótimo primeiro-ministro britânico e que o ativo promotor do Brexit, Nigel Farage, deveria ser integrado em negociações com a UE. Acrescentou, ainda, que o Reino Unido faria bem em sair da UE sem nada pagar quanto a compromissos antes assumidos.
Este tipo de “diplomacia selvagem” não manifesta, apenas, a extrema deselegância de Trump. Mostra, sobretudo, que ele é o grande impulsionador e patrono do movimento eurocético e nacional-populista na Europa. Como Putin, Trump quer destruir a UE.
Esse movimento teve agora um percalço. O ministério da cultura da Itália (apesar de Salvini!) retirou a concessão de um antigo mosteiro a um “lobby” religioso ultraconservador e nada amigo do Papa Francisco, que iria ali criar uma academia para “defender o Ocidente judeo-cristão”. Uma instituição sob a orientação de Steve Bannon, o diretor da campanha eleitoral e depois conselheiro de Trump. S. Bannon vai recorrer. Só que os valores da tradição judaica e cristã nada têm a ver com o populismo eurocético e xenófobo.
Durante a viagem de regresso de uma visita de três dias à Roménia, o Papa Francisco lançou um apelo apaixonado à Europa para que mantenha e reavive os ideais dos seus fundadores. As ideologias e os políticos que fazem a apologia do medo estão a ameaçar a existência da UE, declarou o Papa.
Assim se percebe bem como os ataques contra a integração europeia e contra o Papa Francisco são a mesma luta.
Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus