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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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​Vitória contra a lógica e as previsões

27 mai, 2019 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Com o esforço e empenhamento de muita gente no Sporting, as coisas começavam a entrar nos eixos.

A temporada cerrou no sábado os taipais, após uma final que fica para a história pelas razões mais diversas: desde logo porque o Sporting não se apresentava como favorito, depois porque ganhar o derradeiro troféu do ano contrariava claramente a grande maioria das previsões.

Para justificar estas ideias convirá recordar a forma dramática como os leões partiram para aquela que parecia ir tornar-se numa dolorosa aventura. Vivendo momentos dramáticos e anárquicos parecia impossível entrar no campeonato com um objetivo a chegar pouco além de um sexto lugar final.

A gerência destituída deixara o clube num estado tal que, destroçado, só podia olhar para o futuro imediato com muita apreensão.

Depois, com o esforço e empenhamento de muita gente, as coisas começavam a entrar nos eixos, ainda que tendo de enfrentar constantemente alguns saudosistas de um passado de vergonha que, passados estes dez meses parece estar completamente ultrapassado.

Depois de, em janeiro, ter ganho a Taça da Liga frente ao Futebol Clube do Porto em jogo final desempatado através de grandes penalidades, eis que o cenário se repetiu no último sábado no imenso Vale do Jamor, com uma vitória em circunstâncias em quase tudo muito semelhantes.

Tudo somado, os leões tornaram-se assim nos mais titulados da temporada.

Na final da Taça de Portugal, o Futebol Clube do Porto esteve por cima durante grande parte do jogo, mas o Sporting revelou-se mais eficaz e foi mais competente. Primeiro, porque, ao contrário dos dragões, foi capaz de transformar em golos as oportunidades de que dispôs, depois porque no desempate por penalties revelou mais preparação, mais concentração e maior disponibilidade para o desempenho de uma tarefa sempre difícil.

Resumindo, assistimos todos à consumação da vitória antes julgada impossível, e que relança o clube (BEM) dirigido por Frederico Varandas para a possibilidade de poder encarar o futuro de forma positiva.

Quanto aos portistas, depois de uma época em branco, os tempos que se vão seguir exigem respostas rápidas para as muitas dúvidas que essa infertilidade gerou.

Saídas e entradas vão ser tema recorrente daqui em diante, não se sabendo que danos ou proveitos tudo isso vai desencadear.

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