08 mai, 2019
O facto de os dois partidos mais à esquerda irem contra o apelo do líder do sindicato dos professores (Fenprof) e pretenderem chumbar as propostas do PSD e do CDS é visto por Jacinto Lucas Pires como uma questão de “timings”.
Na opinião deste comentador, a razão que leva Mário Nogueira a apelar à aprovação dos diplomas da direita tem a ver com “excesso de protagonismo”.
“Mário Nogueira quer sucesso já e se há uma crítica que se lhe pode fazer é essa: um excesso de protagonismo, de vontade de aparecer e de ser dono dos excessos do seu sindicato”.
Sobre a questão dos professores, e a propósito da entrevista da líder do Bloco de Esquerda à Renascença, minutos antes, Henrique Raposo concorda que “o Bloco de Esquerda é o partido mais coerente”, mas considera que “está errado”.
Catarina Martins afirmou que o Bloco é o partido mais coerente no que diz respeito à reposição da carreira dos professores. Henrique Raposo defende que quando se está errado, ser coerente “não é grande sinal”.
Já Jacinto Lucas Pires, que partilha este espaço de análise às segundas e quartas-feiras, considera que “foi interessante ouvir Catarina Martins dizer que até os sindicatos mudaram de opinião”.
Os dois comentadores reagiram depois à polémica lançada pelo deputado social-democrata Cristóvão Norte, segundo o qual o IPO de Lisboa está a recusar fazer análises sem garantia financeira por parte dos hospitais que as pedem e, por causa disso, há doentes de cancro sem tratamento.
Jacinto Lucas Pires considera que, “para casos desta gravidade, deveria haver válvulas de segurança especiais” e Henrique Raposo defende que há serviços do Estado onde não pode haver contenção orçamental.