23 abr, 2019
O despertador tocou cedo no estádio da Luz, e ainda alguns dos milhares de espectadores não haviam ocupado os seus lugares na bancada e já o jovem João Félix estava ali lesto, sozinho na grande área madeirense, à espera da bola vinda de um canto superiormente apontado pelo seu colega e municiador Pizzi.
A partir daí, se Petit havia engendrado estratégia especial para o jogo com o Benfica, as suas ideias esboroaram-se e tudo ruiu como um castelo de cartas.
A equipa maritimista ainda tentou resistir quanto era possível durante os primeiros quarenta e cinco minutos, mas com uma dose igual à da primeira parte servida logo no dealbar da segunda, ficou escancarado o caminho para a goleada com que viria e terminar o jogo e, concomitantemente, a jornada.
Ou seja, ficou tudo igual a antes de sábado: Benfica e Porto empatados na frente, com a vantagem já conhecida dos encarnados, e o Sporting a segurar o terceiro lugar, embora acossado pelo Sporting de Braga, suspenso por três pontos que podem cair-lhe no seio a qualquer momento.
Sem poder apresentar o seu melhor onze, por razões larga e maçadoramente dissecadas, o Marítimo sucumbiu ante a mais poderosa equipa de Bruno Lage.
Se dúvidas havia quanto a este desfecho, as mesmas ficaram desfeitas.
E a superioridade foi tão evidente que nem sequer valerá a pena voltar ao chavão segundo o qual o treinador Petit já havia entregue, há uma semana, o resultado do jogo ao seu adversário.
Agora, fica-se na expectativa do que vai acontecer a seguir.
É que a próxima jornada está cheia de armadilhas para a dupla que comanda o pelotão.
E, convenhamos, também para muitos dos que povoam a cauda da tabela.