23 abr, 2019 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
Em 2018 morreram 4.305 cristãos, foram detidos 3.125 e 1.847 igrejas foram atacadas. São dados de um relatório da organização Portas Abertas, que apoia os cristãos perseguidos e que foram citados pelo espanhol ABC no início deste mês, ainda antes dos ataques no Sri Lanka.
Nessa altura, o jornal dava conta de 20 mortos e perto de uma centena de feridos num duplo atentado bombista contra uma catedral nas Filipinas. Tinha sido o atentado mais recente na já longa série de ataques contra as minorias cristãs.
E agora, neste domingo de Páscoa, a violência de cariz religioso voltou a matar. E com números demasiado expressivos para serem ignorados: mais de 300 mortos, entre eles um português.
São as vítimas mais recentes numa longa lista de cristãos perderam a vida por professarem a sua fé.
Desde 2015 já morreram pelo menos 19 mil cristãos em todo o mundo. 2016 foi o pior ano, com mais de sete mil mortes.
A Nigéria é o país com maior número de mortes. Cerca de 87% das mortes que ocorreram no ano passado visaram a minoria cristã do país que detém um quarto da população da África ocidental.
São 200 milhões de pessoas num só país, que correspondem à quase totalidade do número de cristãos perseguidos em todo o mundo (mais de 245 milhões). É o número que, atualmente, faz do cristianismo a religião com mais crentes perseguidos em todo o mundo.