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O Mundo em Três Dimensões - viagens de carro - 15/04/2015

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Batalhas no banco de trás. Mais de metade dos pais distraem-se com as crianças no carro

15 abr, 2019 • André Rodrigues , José Luís Moreira (sonorização)


Se vai aproveitar esta semana da Páscoa para viajar em família- e não atestou o depósito durante o fim de semana - então prepare-se porque as férias vão sair-lhe mais caras. Na carteira e, eventualmente, também na paciência. Como é que se portam as suas crianças no banco traseiro?

Se vai aproveitar esta semana da Páscoa para visitar a família, saiba que a sua deslocação automóvel vai ficar mais cara do que na semana passada. Vem aí a 10.ª subida consecutiva do preço dos combustíveis.

A origem do problema: o petróleo acima dos 70 dólares. Mas o problema torna-se ainda maior para a nossa carteira: é que a gasolina passa a custar mais 13 cêntimos por litro em relação a 1 de janeiro deste ano. No gasóleo, são mais 10 cêntimos.

O que significa que se tiver que atestar o seu depósito de gasolina vai pagar esta semana mais sete euros do que em janeiro. E mais cinco euros se o seu carro for a gasóleo.

Pronto, já chega de más notícias. O importante é que os miúdos estão de férias e, eventualmente, vai poder meter toda a família no carro e ir matar saudades à aldeia.

O problema é se a viagem for muito longa e se os miúdos forem demasiado sensíveis a grandes deslocações e, com isso, desconcentrarem os pais aos volante.

Um estudo feito por uma conhecida marca de automóveis japonesa diz que, em dez pais na Europa, mais de seis dizem sentir-se distraídos pelo comportamento dos filhos no banco de trás.

"Pai, o mano tirou-me a Barbie e está a arrancar-lhe a cabeça..." Realmente, onde é que já se viu? Torturar uma senhora boneca com a respeitável idade de 60 anos que já fez de tudo na vida desde março de 1959: jornalista, astronauta, modelo, princesa e presidente.

"Mãe a mana comeu as bolachas todas..."; "João Maria dá o tablet à tua irmã..."; "Carolina para de dar pontapés no banco..."

Sim, há miúdos que são um descanso. Entram no carro e à primeira curva já dormem que nem uns justos. Mas há outros que são um exame à paciência e olha 300 vezes pelo retrovisor com aquele semblante cerrado para ver se os convence a portarem-se melhor.

E o melhor que lhes consegue arrancar é aquela pergunta repetida até ao limite, qual sincronização mecânica. "Já chegámos? Ainda estamos muito longe? Ainda falta muito?"

Um em cada três pais admite que o mau comportamento dos filhos é responsável por ignorar sinais vermelhos, por mudanças repentinas de faixa de rodagem ou por conduzir com as mãos fora do volante.

As birras com choro e os gritos lideram os maus comportamentos (65%), seguem-se as batalhas intermináveis no banco de trás entre irmãos ou amigos (58%), pontapés nas costas do condutor (49%), abertura dos cintos de segurança (43%), atirar brinquedos dentro do habitáculo (39%).

Haja boas ideias para reduzir o perigo e as distrações. 15% dos pais dizem evitar as autoestradas ou as vias com muito trânsito quando os filhos viajam lá atrás. 37% tentam distraí-los com tablets e os telemóveis e 22% dos inquiridos oferece doces aos filhos para os sossegar.

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