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O Mundo em Três Dimensões - Animais no Emprego - 04/04/2019

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Levar o cão ou o gato para o local de trabalho, sim ou não?

04 abr, 2019 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)


67% dos donos de animais de estimação gostava de os levar para o trabalho. O problema é que nem todos os animais de estimação têm quatro patas, e alguns causam, até, uma certa repulsa. Apesar de tudo, levar os filhos será mais consensual.

Há quem leve os filhos para o escritório, porque não tem com que os deixar. Costuma acontecer quando há greve de professores ou de funcionários da escola.

Levar os filhos para o trabalho pode ser giro. Os miúdos começam por achar piada, os colegas acham imensa graça e os pais babam de orgulho quando o chefe, qual doutorado em fisionomista, atira aquela frase lapidar, 'é a sua cara chapada'.

Mas um dia inteiro no trabalho, é demais para o seu filho ou filha. E é aqui que entram os números: depois de duas ou três horas entretida, a criança vai precisar da atenção que não lhe pode dar.

Por outro lado, se para os pais é indiferente almoçar à uma, às duas ou três da tarde, já com o filho no trabalho não é bem assim.

O ideal, dizem os especialistas, é levar os filhos para o local de trabalho durante uma manhã ou meia tarde, qualquer coisa como três ou quatro horas, no máximo. Mais do que isso, os miúdos não aguentam e os pais não trabalham.

Agora, imagine que o chefe autoriza a levar o seu cão para o trabalho.

56% dos lares portugueses têm um animal de estimação. De acordo com os números mais recentes, estaremos a falar de seis milhões e 200 mil animais, que não apenas os de quatro patas. Então e os canários e os periquitos, os papagaios e os agapornis, as araras e os peixinhos, os hamsters e os iguanas, as tarântulas e toda a gama de répteis?!

Considerando os tais seis milhões e 200 mil animais nos lares portugueses, 36% são cães.

Um estudo encomendado por uma conhecida marca de comida para animais inquiriu mais de três mil pessoas de oito países europeus e descobriu que quatro em dez pessoas gostariam que o patrão autorizasse o animal de estimação. Algo quase tão importante como a flexibilidade no horário de trabalho, os regimes de trabalho à distância ou os seguros de saúde.

No entanto, a nível global só um em cada oito entrevistados diz sentir-se num ambiente amigo dos animais. É pouco, mas Portugal aparece ainda mais abaixo dessa média.

Seja como for, 67% dos portugueses gostariam de levar o seu cão para o trabalho, porque dizem sentir-se menos culpados por deixarem o animal sozinho em casa.

Mas há mais: os adeptos desta modalidade acham que o cão ajuda a criar um ambiente de trabalho mais relaxado e a reduzir o stress.

Mas será mesmo boa ideia? Se o colega da secretária do lado também decidir levar o cão ou o gato e eles não se entenderem. É uma confusão daquelas: chateiam-se os bichos e chateiam-se os donos. '

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