02 abr, 2019 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (sonorização)
Por vezes, dou por mim a pensar que qualidade de vida nas grandes cidades é pouco mais do que um acesso facilitado aos serviços essenciais e pouco mais. O que não sendo coisa pouca, não é suficiente para que possamos dizer que a vida nas cidades é melhor do que fora delas.
Um desses serviços que se tornou essencial é a entrega de comida em casa. Daquela que se pede na aplicação móvel e lá vem um estafeta de motorizada com uma mochila de invulgar dimensão. Toca à campainha, entrega e vai à vida dele.
Um negócio com um potencial incrível. Entre 2016 e 2018, os pedidos de comida para entrega ao domicílio através do telemóvel aumentaram, em média, 130%.
Em média, porque se olharmos para o exemplo francês, o aumento é de 325%. Na Coreia do Sul é de 230%, no Reino Unido 180% e na Índia 120%. No Japão, no Brasil ou na Alemanha o aumento é de 45% São números da App Annie, uma empresa de software de análise de dados.
Entre 2016 e 2018, as cinco principais aplicações de entregas registaram um aumento de 115% de downloads na App Store e na Google Play.
Em Portugal, a moda parece que pegou. Tomemos como exemplo o serviço de entrega de refeições a Uber. O recorde para o valor mais elevado de uma única encomenda situa-se nos 463 euros e foi feita em Lisboa.
Já quanto ao número de produtos diferentes num só pedido, o recorde é de 105. A hora de maior movimento é das 20h00 às 21h00 e o tempo médio de entrega é de 23 minutos.
A distância mais curta entre entregas foi de 2,6 metros da porta do restaurante à porta de casa.
De facto, é uma distância curtíssima. Mas se lhes subtrairmos nove centímetros, temos 2,51 metros, dos pés à cabeça é quanto mede a pessoa mais alta do mundo. Chama-se Sultan Kozen, é turco, tem 36 anos e é casado com uma mulher 76 centímetros mais baixa.
Que o amor não escolhe idades, isso já sabemos. E, pelos vistos, também não escolhe tamanhos.