12 mar, 2019
Deixámos ontem neste cantinho, habitualmente destinado a tratar das coisas da bola, um aviso premonitório ao Benfica de que fazia todo o sentido dar ao jogo com o Belenenses redobrada atenção, não apenas por força da qualidade do conjunto da ex-Cruz de Cristo, mas também porque Silas tem vindo a confirmar-se como treinador com largo futuro, capaz de dar um golpe fortíssimo na euforia que há vários dias se havia instalado na família da águia.
A juntar a tudo isto, dois erros da defensiva benfiquista, guarda-redes incluído, acabaram por proporcionar ao Belenenses um empate, que justificou sem reservas.
É verdade que a ausência de Seferovic, fundamental na produção na equipa nos últimos desafios, também poderá ter influenciado a capacidade ofensiva da equipa.
E acresce que sem o goleador suíço, a produção de João Félix baixou de forma considerável, tendo o seu contributo ficado muito aquém das expectativas, e com nota negativa.
Por força do empate consentido no estádio da Luz, e em consequência do qual o Belenenses ganhou cinco pontos/em seis ao Benfica na primeira e segunda voltas do campeonato, a equipa de Bruno Lage permitiu a colagem indesejada do Futebol Clube do Porto no topo da tabela classificativa e, apesar de manter o lugar cimeiro, a sua situação fica assim mais periclitante.
E, pior do que isso, deixou a sensação de que a partir de agora não fica imune a outros sobressaltos, sendo conveniente recordar, desde já, a deslocação a Moreira de Cónegos no domingo que se seguirá.
A nove jornadas do fim, o campeonato da primeira Liga está, assim, de novo, em alvoroço.
E promete manter a temperatura elevada com o contributo não apenas dos crónicos grandes clubes mas, sobretudo e também, dos vários “outsiders” que lhes seguem o rasto e prometem não baixar a bandeira até ao fim.