Burocracia online. Há quem olhe para “um computador como se fosse ficção científica”

O comentador da Renascença Henrique Raposo considera que há "uma parte enorme da população portuguesa muito envelhecida, não tem mais do que a quarta classe, que nunca teve contacto com a internet e que olha para o computador e para o rato como se fosse ficção científica".

Raposo vê assim muitas dificuldades em conseguir garantir que todos os portugueses consigam tratar dos seus assuntos burocráticos através da internet. "Por mais medidas que se tomem há de facto um problema que não tem solução em Portugal", acrescenta.

O assunto esteve em debate depois do secretário de Estado ter anunciado na Renascença que iam ser contratadas mais pessoas para o Instituto de Mobilidade e Transportes e ter lamentado a fraca procura do serviço de renovação da carta de condução online.

Já o escritor Jacinto Lucas Pires sugere três "is" para ajudar a resolver estas questões.

"Investimento, conseguir mais pessoas para os lugares públicos de atendimento; informação, porque há certas pessoas que não sabem onde ir para se despachar; e informática, aumentar serviços que se podem fazer online", explica.