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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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Os EUA e a Europa

14 fev, 2019 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Trump acordou para ameaça de Putin na Europa de Leste. E a UE não é aí tão impopular como por vezes se diz.

Na primeira metade do seu mandato, o presidente Trump deu claros sinais de não gostar da integração europeia, apoiada pelos seus antecessores desde o Plano Marshall. Por exemplo, Trump aplaude entusiasticamente o Brexit.

Mas começam a desenhar-se algumas “nuances”. O vice-presidente Mike Pence e o secretário de Estado (ministro dos Negócios Estrangeiros) Mike Pompeo têm andado pelos países da antiga órbita soviética, manifestando preocupação com a influência que Putin e, em menor grau, a China ali têm. Os EUA decidiram aumentar significativamente a sua presença militar na Polónia.

Daí não decorre maior aproximação de Trump à UE. Os EUA e a Polónia organizaram uma conferência internacional neste país sobre o Médio Oriente. O objetivo, embora não declarado, é claro: recrutar países europeus para apoiarem a decisão americana de abandonar o acordo nuclear com o Irão, assinado em 2015.

Por outro lado, através da rede europeia de rádios Euranet, na qual a Renascença participa, tivemos notícia de que, pelo menos em países como a Polónia e a Roménia, há partidos da oposição, mas de centro-direita, que se juntam para contrariarem o euroceticismo dos partidos de extrema-direita na campanha para o Parlamento Europeu.

Importa, aliás, lembrar que mesmo os políticos mais hostis à Europa comunitária, como o italiano Salvini, garantem a pés juntos que querem manter o seu país na UE e, no caso da Itália, no euro. A integração europeia não é tão impopular como às vezes se diz.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus

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  • Daniel
    14 fev, 2019 lisboa 16:14
    O eixo franco alemão q representam 150 milhões dos 500 milhões da EU absorvem os lucros da economia EU e não redistribuem nem sofrem sanções qdo ultrapassam o deficit e escravizam os restantes países atrav´s de diretivas dignas de um estado/comando autoritário e contra a privacidade liberdade individual , direito pleno á propriedade privada daí o grito de Ipiranga da Inglaterra e o eurocepticismo.A devassa completa da PRIVACIDADE e reformas anti-culturais vao levar á morte desta EU já depois das próximas eleições.