21 jan, 2019
Está virada a página do campeonato, tendo-se agora entrado na corrida final.
Mas, se se esperavam possíveis surpresas, elas não aconteceram, pois o quarteto da frente manteve inalteráveis as suas posições, situação decorrente das vitórias que, com maior ou menos dificuldade, todos foram capazes de alcançar.
Mais problemática era a deslocação do Benfica à cidade do Fundador. Na ressaca de um triunfo escasso em jogo da Taça de Portugal, o que se previa eram problemas maiores para os lisboetas por razões facilmente entendíveis: o jogo da Taça teve características diferentes e, reconhecidas algumas debilidades do adversário, a situação poderia inverter-se no confronto da Liga.
E quase se confirmavam estas conjecturas. Como reconheceu o próprio novo treinador do Benfica, o Vitória de Guimarães conseguiu encostar a sua equipa às cordas durante um importante período do jogo, mas desse sufoco viria a não resultar prejuízo para as águias.
Não tendo sido competente para obter pelo menos um golo, o clube minhoto acabou por se tornar vítima da maior eficácia dos encarnados. Ou seja, como dizem os brasileiros, “quem não faz golo, toma golo”.
E por aqui se fica a história de um jogo que suscitou justificadamente tanta expectativa.
Já o Futebol Clube do Porto acabou por realizar um passeio tranquilo a Trás-os-Montes.
A resistência do Desportivo de Chaves demorou pouco e, na primeira parte, com dois golos marcados por Tiquinho, a questão ficou arrumada. O segundo tempo foi apenas a demonstração da capacidade para resistir ao frio gélido do nordeste e a obtenção de mais um golo. Os flavienses ainda marcaram dois golos, só que apenas um na baliza que mais convinha
Outro passeio, o do Sporting Clube de Braga foi apenas um pouco mais longo, à Madeira, onde a Choupana pode assistir à confirmação de uma equipa que prossegue uma carreira sensacional, que voltou a demonstrar que lhe assentam bem as referências positivas que lhe têm sido endereçadas, e que, inclusive, o apontam como um dos candidatos à conquista do título.
Quanto ao Sporting Clube de Portugal relançou as dúvidas sobre a qualidade de alguns dos seus reforços e também quanto às opções do seu treinador. O jogo com o Moreirense começou por parecer um problema fácil de resolver, mas lá mais para o fim as dores de cabeça voltaram a dar sinal de si. Não se percebe muito como é que alguns jogadores prosseguem uma titularidade discutível, enquanto outros nem sequer têm merecido a honra de se sentarem no banco.
Novas e duras provas estão já reservadas para o início da semana.
A Taça, que deixou de ser da “carica”, sabe-se lá porquê, vai colocar dois pratos fortes à nossa disposição.
Oxalá que os protagonistas não lhes tiram qualidade.