08 jan, 2019
“É Marcelo a ser Marcelo”. Assim reage João Taborda da Gama ao telefonema que o Presidente da República fez, em direto, no primeiro dia do novo programa da manhã da SIC.
“É uma pessoa de quem gosta, é uma apresentadora muito popular, muito vista e Marcelo não deixaria fazer isso”, considera, brincando: “Preferia que tivesse ligado para as Manhãs da Renascença, a uma terça ou uma quinta, para eu ser mais falado”.
Francisco Assis revela uma posição mais contundente: “os afetos têm sentido, mas a política não pode ser confundida com a dimensão da afetividade”.
O eurodeputado socialista diz que não gosta de “ver um Presidente da República a
banalizar-se desta maneira” e teme que este tipo de comportamentos, cá como noutros países, possa vir a ter efeitos negativos no futuro.
“Marcelo não precisa disto”, conclui.
Outro tema em debate foi a construção do novo aeroporto de Lisboa no Montijo – uma solução Portela + 1 que ambos os comentadores classificam como positiva.
Quanto ao facto de o Governo e a ANA-Aeroportos assinarem esta terça-feira o acordo de financiamento sem que esteja feito o obrigatório estudo de impacto ambiental, quer Francisco Assis quer João Taborda da Gama concordam que não há nada a criticar.
A questão que Francisco Assis levanta é relacionada com as taxas aeroportuárias.
“As taxas aeroportuárias agora vão passar a ter em conta não só a questão da evolução da procura, mas também a questão do investimento. A única dúvida que tenho – sendo que a solução me parece correta, é um bom exemplo de como pode haver boas parcerias entre o público e o privado – é se isso pode depois ter impacto noutros aeroportos do país que nada têm a ver com este”, questiona.
No caso de João Taborda da Gama, as dúvidas que levanta são “perceber como vai ser feito o acesso a Lisboa, como vão ser reprogramadas as rotas e como vai ser a política de turismo”.