22 out, 2018 • André Rodrigues , Paulo Teixeira (Sonorização)
Somos os trabalhadores com os intervalos de almoço mais longos em toda a Europa. Esta é a conclusão de um estudo independente da YouGov, uma empresa britânica de pesquisa de mercado baseada na internet.
Cinqeuenta e oito minutos. Os portugueses têm os intervalos de almoço mais longos da Europa. Dá para sentar, escolher, comer e ainda para dois dedos de conversa.
A YouGov conclui que os intervalos mais curtos para almoçar acontecem na Polónia. E têm apenas 26 minutos.
Claro que tudo depende da elaboração do prato. Quanto mais simples for a refeição, menos tempo demora a comer. Mas, afinal, o quê que andamos a comer na nossa pausa para almoço?
No caso dos portugueses, um em cada quatro repete as refeições todos os dias. Sandes, saladas e massas lideram o top das preferências. Dezassete por cento, ou um em cada seis, almoça à secretária. Ou seja, faz pausa para almoçar sem parar de trabalhar.
E isso pode ser pouco saudável. Dados da plataforma Uber Eats, indica que há 49% de solitários que navegam na internet enquanto almoçam. E só 2% aproveitam a hora de almoço para fazer exercício.
Depois, há ainda 3% dos portugueses que não fazem intervalo. E porquê? Porque dizem que têm muito que fazer. Tempo para almoçar? Zero.
Depois vão à máquina e por um euro ou menos compram um chocolate ou umas bolachas para enganar o estômago.
Curioso é que estes nossos 3% de trabalhadores sem interrupções para almoço fazem exatamente o mesmo que 32% dos romenos que, de acordo com a YouGov, são os menos propensos a fazer qualquer pausa para o almoço.