18 out, 2018
É a democraticidade do futebol a funcionar, embora ainda com condicionantes vários que, eliminados, poderiam dar azo a uma comemoração ainda maior.
Isto porque, deste trio, apenas os transmontanos de Vila Real jogam no seu terreno, o Monte da Forca. Os demais, por insuficiências insanáveis verificadas nos seus campos de jogo, tiveram de recorrer à generosidade de amigos que aceitaram autorizá-los a jogar nos seus estádios.
Loures transfere-se assim para Alverca, enquanto o Sertanense se desloca para mais longe, tendo optado por Coimbra, para ali receber uma gala que teria um impacto bem maior se realizada em pleno coração do pinhal, zona da Beira Baixa há um ano flagelada por incêndios que acentuaram ainda mais a pobreza de uma região já de si marcada por esse estigma há várias décadas.
Seja como for, a taça vai encher-se e a alegria vai correr por esse país fora.
Na edição anterior jogando contra todas as imprevisibilidades sagrou-se vencedor o Desportivo das Aves, ao bater numa final para os seus adeptos inesquecível um Sporting debilitado pela crise mais dolorosa da sua história.
Para esta edição partem com igual propósito várias dezenas de clubes, todos desejando ter pela sua frente um longo caminho a percorrer.
Veremos quem é capaz de se aguentar num desafio de tanta exigência, ajudando a encher uma taça com a qual apenas um de dois poderão brindar lá para Maio no estádio nacional.