28 set, 2018
Em Chaves tivemos a oportunidade de assistir a um verdadeiro recital de futebol, protagonizado por duas equipas de grande qualidade, que chegaram ao fim jogo com um empate a dois golos que, é bom acentuar à partida, traduziu com justiça aquilo que se passou em campo.
O temporal que algumas horas antes desabou sobre a cidade transmontana, fazendo do relvado do Municipal flaviense um autêntico pântano, não deixava adivinhar que seria possível termos pela frente um jogo tão competitivo e intenso.
Mas, a verdade, é que este terá sido, na nossa opinião, um dos melhores do campeonato disputados até agora.
O Benfica teve o pássaro na mão por duas, mas por duas vezes o deixou escapar-se. E pode até acrescentar a ineficácia que ficou à vista em algumas oportunidades flagrantes que os seus jogadores não foram capazes de concretizar.
Fazendo um jogo com coração e com cabeça, os transmontanos nunca cederam à ideia de que não seria possível contrariar o favoritismo dos lisboetas. E, durante a primeira parte, formaram mesmo o grupo mais capaz em quase tudo, dando azo a que não fosse justa a desvantagem com que recolheram às cabines.
Depois, no segundo período, o Benfica superiorizou-se mas sem que alguma vez tivesse sido capaz de vincar a ideia de que o seu adversário estava aniquilado.
Divisão de pontos aceitável, mas com maiores preocupações para o lado encarnado: um central expulso e outro lesionado trazem, de repente, preocupações com as quais Rui Vitória não contava.
Agora com a Liga dos Campeões à vista, e o FCPorto logo a seguir, para o nosso campeonato, há razões para que os benfiquistas fiquem possuídos por alguma apreensão.